Nesta segunda-feira (15), Thiago Carpini concedeu a entrevista coletiva da sua apresentação como o novo treinador do São Paulo. O técnico, que estava no Juventude, chega para substituir Dorival Júnior.
Durante as perguntas, o treinador respondeu perguntas sobre seu estilo de jogo, sobre o trabalho da comissão anterior e sobre como vem montando a equipe para a temporada.
Trabalho e conversas com Dorival
Carpini revelou que tem mantido uma troca de informações com Dorival Júnior. Na véspera da entrevista, os dois trocaram ideias, conversando na noite de domingo (14).
“O Lucas (Silvestre), junto com o Pedro (Sotero), fizeram um trabalho mais minucioso da transição. Isso encurta o caminho. A grande virtude do ser humano é aprender com o erro dos outros. Em alguns momentos nos falamos durante minha caminhada”, disse ele.
“Uma das primeiras mensagens que recebi de apoio na final do Paulista foi do professor Dorival. Temos nos falado muito diariamente. Sei que a demanda na Seleção vai ser muito grande, mas não está deixando de ter um cuidado, carinho, para que seja uma continuidade de sucesso”, afirmou Carpini.
São Paulo em 2024
O treinador destacou que tem pensamentos semelhantes aos de Dorival Júnior e afirmou que não pretende realizar muitas mudanças em relação ao trabalho que estava sendo feito na comissão técnica anterior:
“Muitas coisas do jogo do Dorival pensamos muito parecido. Quando tem uma herança de um trabalho vitorioso, de conquista, claro que se foi vitorioso tem muitas coisas boas. Não é porque cheguei agora que vou mudar tudo. As coisas boas a gente potencializa, algumas coisas pensamos diferente, é natural. De maneira tranquila, gradativa, vamos propondo nossa ideia.”
Além disso, Carpini declarou que cada jogo tem um peso diferente e que irá tratar “jogo a jogo”. “Eu prefiro tratar jogo a jogo. Eu sei que cada jogo tem um peso e uma representatividade diferente. É uma final, um título, um jogo grande, um clássico, mas temos um jogo grande no sábado contra o Santo André”, declarou.
“É minha estreia, meu primeiro contato como comandante. Não podemos pensar na sexta rodada do ano antes de pensar no primeiro. Vamos um passo de cada vez. Nossa Supercopa é o Santo André sábado, no Morumbi”, afirmou o treinador.
Jogador ideal
Sobre seu estilo de jogador ideal, o treinador do São Paulo foi bastante sucinto e revelou o que não gosta dentro de suas equipes:
“Eu gosto de um jogo mais impositivo, um jogo mais apoiado, de posse. Eu não gosto muito desse jogo de bola longa, um tiro de meta. Não que não possa bater, mas acho que quando se faz isso você coloca a bola em disputa. E aí é 50/50. Se tivermos organização, conceito para trabalhar de maneira mais organizada a nossa saída. Minimizando riscos, tendo bola de seguranças, podendo chegar com mais velocidade, superioridade numérica no setor da parte ofensiva do jogo, ser mais vertical, fazer a bola chegar mais na área. Eu cobro muito também a competitividade. Todas as equipes que dirigi acho que consegui esse equilíbrio.”
Thiago Carpini comentou sobre os seus trabalhos anteriores, no Água Santa e o Juventude. “O Água Santa ficou muitos jogos sem sofrer gols, o Juventude também. Cobro muito esse encaixe alto, para que a bola chegue de maneira mais disputada à nossa última linha. Uma compactação, mais ajustado, mas sem abrir mão de ter a bola”, explicou.
“Falar é muito mais fácil, mas é a maneira como vejo futebol. Claro que em alguns momentos na minha trajetória não poderia jogar de igual para igual com algumas equipes, mas queria me reinventar um pouco e jogar de maneira mais competitividade”, seguiu Carpini.
“Com o São Paulo, dependendo da situação, talvez precise sofrer um pouquinho também, mas dentro de tudo isso a gente não abre mão daquilo que a gente se prepara no dia a dia”, completou o novo treinador do São Paulo.