A contratação do técnico Fábio Carille pelo Santos ainda não está finalizada. Apesar de o clube da Vila Belmiro ter anunciado e até mesmo apresentado o treinador como reforço para 2024, o impasse financeiro sobre o pagamento da multa rescisória com o V-Varen Nagasaki, do Japão, segue sendo debatido nos bastidores.
Nos últimos dias, os japoneses emitiram uma nota informando que não receberam o valor da multa, estimada em cerca de R$ 7,3 milhões. Diante disso, o departamento jurídico do Santos entrou em ação.
O clube enviará um representante ao país asiático para negociar o pagamento. Além disso, o clube paulista quer restabelecer boas relações com a equipe japonesa.
Multa de Carille
De acordo com o presidente Marcelo Teixeira, o técnico Fábio Carille foi consultado em dezembro do ano passado para assumir o comando do Santos. Durante as negociações, nem o treinador nem seu representante, o empresário Paulo Pitombeira, comunicaram sobre a existência da multa rescisória no contrato com o V-Varen Nagasaki.
Dessa forma, o Santos alega que não tinha conhecimento desse impedimento financeiro. Por este motivo, o Peixe concluiu o negócio e, posteriormente, foi surpreendido pela questão da multa.
“A surpresa é nossa também porque nós temos contato com o representante do profissional a partir de dezembro. Ele fez as suas colocações com relação aos contatos feitos com o representante do clube japonês. Existiam uma série de situações como pendências do clube japonês com o técnico, em relação a insatisfação do técnico. Isso foi em dezembro”, disse Marcelo Teixeira.
Reconhecimento do valor
O presidente destacou que o departamento jurídico do Santos irá avaliar a situação e decidiu enviar um emissário para o Japão, a fim de ter conversas com o clube japonês.
“Posteriormente, em janeiro, o clube japonês emitiu uma nota aguardando a apresentação do técnico. Acionamos o nosso jurídico. Vamos avaliar os documentos. Nós já pedimos que esteja um representante do Santos no Japão para acompanhar e dar atenção ao clube japonês”, disse o mandatário.
“Queremos dar transparência aquilo que fizemos relacionados ao representante do técnico. Para nossa surpresa, parece que não houve esse desfecho. Existe uma possível multa, que ainda não temos conhecimento”, explicou o presidente, nesta segunda-feira (8).
Ao ge, o empresário Paulo Pitombeira informou que a situação estava resolvida. No entanto, ele ressaltou que assinou um acordo de confidencialidade com o Santos e não poderia de fornecer detalhes sobre a situação.
Liberação
Sem ter um acordo fechado com os japoneses, o Santos não pode registrar o contrato de Fábio Carille na CBF. Para que isso seja viabilizado, é necessário que os japoneses o liberem junto à Fifa.
Apesar dessa situação, o treinador continua com sua rotina de trabalho no CT Rei Pelé, conduzindo as atividades de pré-temporada e auxiliando a gestão na busca por novos atletas no mercado.
“O Santos vem acompanhando o processo e está no Japão para manter as boas relações. Não queremos nenhum tipo de problema, mas queremos que o desfecho seja benéfico para as partes. O jurídico está viabilizando a contratação sem prejuízo ao Santos. Não há nenhum tipo de assédio ao profissional”, completou Marcelo Teixeira.