Nesta sexta-feira (29), o Real Madrid divulgou a renovação do contrato do técnico Carlo Ancelotti. O novo acordo entre o treinador, de 64 anos, e o clube espanhol é de dois anos, ou seja, se estende até 2026.
Nas plataformas de redes sociais, Ancelotti expressou sua alegria pelo acordo. Vale destacar que o italiano era uma opção desejada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para assumir o comando da Seleção Brasileira.
“Hoje é um dia feliz. O Real Madrid e eu continuamos nosso caminho juntos em busca de novos e maiores êxitos. Obrigado a todos e Hala Madrid!”, publicou o técnico no X, antigo Twitter.
Desejo da Seleção Brasileira
O presidente afastado da CBF, Ednaldo Rodrigues, havia manifestado o interesse em contratar Ancelotti após a saída de Tite do comando da Seleção em 2022. Internamente, foi elaborado um plano para a gestão interina da equipe, semelhante ao que ocorreu durante a passagem de Fernando Diniz, até a chegada do treinador estrangeiro em 2024.
No entanto, as negociações com Carlo Ancelotti perderam intensidade. Além disso, Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF e, nos últimos dias, a imprensa espanhola já anunciava como praticamente certa a renovação do contrato entre o treinador e o Real Madrid.
Liberação
Pessoas próximas a Ednaldo Rodrigues afirmam que o presidente afastado da CBF “autorizou” Carlo Ancelotti a renovar seu contrato com o Real Madrid. Intermediários dele relataram ao UOL que o presidente afastado teve uma conversa com Ancelotti neste mês. O dirigente teria comunicado ao italiano que não seria capaz de cumprir o acordo devido aos problemas enfrentados na CBF.
Essa versão foi divulgada posteriormente ao anúncio feito pelo Real Madrid sobre a renovação do contrato de Ancelotti até 2026. Segundo relatos, o treinador teria um acordo informal com Ednaldo Rodrigues para assumir a seleção brasileira em julho.
O treinador italiano sempre negou qualquer suposto acordo com Ednaldo. Enquanto isso, o dirigente da CBF afirmava que tinha um entendimento com o técnico e trouxe Fernando Diniz de forma interina para aguardar o término do contrato que inicialmente iria até 2024, mas agora foi estendido até 2026.
Afastamento
Ednaldo Rodrigues tenta, sem êxito, retornar à presidência da CBF. José Perdiz assume interinamente a liderança da Confederação até a realização de novas eleições.
Em 22 de dezembro, o ministro André Mendonça recusou, no Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão da liminar solicitada pelo Partido Social Democrático (PSD). O pedido visava reverter a decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), que resultou na destituição de Ednaldo da presidência da entidade.
O cerne da questão consistia em reconhecer o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) como parte legítima para propor um Termo de Ajustamento de Conduta que fundamentou a eleição de Ednaldo em 2022.
O PSD iniciou o processo no STF devido à proximidade do senador Otto Alencar com Ednaldo. Além disso, os recursos apresentados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por CBF e Ministério Público não avançaram na discussão.
Com a negativa, o processo eleitoral na CBF permanece em curso. Flávio Zveiter e Reinaldo Carneiro Bastos surgem como possíveis candidatos. A expectativa é que José Perdiz, presidente licenciado do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), defina nos próximos dias a data da eleição.