O adiamento dos confrontos do Internacional com o Juventude, pela Copa do Brasil, e do Cruzeiro, pelo Brasileirão, intensificou a sequência de partidas em maio.
No entanto, permitiu ao técnico Eduardo Coudet contar com jogadores que estão se recuperando no departamento médico, aliviando o desgaste que vinha sendo citado como elevado.
Mesmo que o motivo do adiamento seja lamentável, por conta do desastre climático no Rio Grande do Sul, isso teve impactos na preparação da equipe.
O retorno dos lesionados
Alan Patrick e Enner Valencia ainda estão na fase de transição após suas respectivas lesões na coxa esquerda e no pé direito.
No entanto, ambos têm participado das atividades com o grupo e podem integrar a delegação que viajará para a Bolívia para o confronto com o Real Tomayapo, desde que a opção seja por escalar a força máxima.
Fernando e Lucas Alario, que retornaram no empate com o Atlético-GO, terão mais uma semana para aprimorar sua condição física. A dupla começou no banco no último final de semana, e há chances de o volante iniciar entre os titulares.
Atenção ao elenco
O desgaste também tem recebido atenção da comissão técnica. O Internacional tem trabalhado para minimizar o cansaço acumulado do grupo, realizando preservações pontuais e observando a evolução da partida para fazer substituições quando necessário.
Nas últimas 10 partidas da equipe, Bustos, Mauricio e Bruno Henrique estiveram em todas. Vitão, Renê e Wesley disputaram nove. Rochet cumpriu as últimas oito, enquanto Borré, Mercado e Thiago Maia participaram de sete. O colombiano sem ser substituído em momento algum.
“Temos algumas lesões. Colocamos o melhor que podíamos. Tem referência à parte física. O Thiago Maia fizemos o exame para ver como está, mas iniciou. Bruno está carregado”, disse o treinador após o empate com o Atlético-GO.
Ajustes na equipe
Além da preocupação com a parte física, questões técnicas e táticas também estão recebendo uma atenção especial. Eduardo Coudet tem mais tempo para trabalhar a movimentação, a troca de passes, acertar posicionamentos e finalizações.
Apesar de Borré ter marcado nos últimos dois jogos, o time ainda enfrenta dificuldades na hora de finalizar em direção ao gol adversário, apesar da boa produção de jogadas.
“É um time que deixa o coração e tenta jogar bem. Finalizamos muito, 13 escanteios, 70% de bola, não serve para nada quando não ganha, mas sustentamos uma forma de jogar. Empatar sempre é ruim. Para nós, em casa. Não entendo se tudo está tão ruim para estar assim”, analisou Coudet.
As atividades na “pausa”
Os exercícios também servem para o técnico definir a estratégia para surpreender o Cruzeiro. Além do tradicional 4-1-3-2, Eduardo Coudet tem utilizado o 4-3-3 e até mesmo, durante a partida contra o Delfín, chegou a montar a equipe com três zagueiros para confirmar a vitória.
O Internacional teve uma nova rotina de exercícios na tarde desta quinta-feira. Com o adiamento do jogo contra o Cruzeiro, a próxima partida ocorre apenas na terça-feira (7), pela Sul-Americana.
Após isso, a equipe entra em campo no dia 10, pela Copa do Brasil, e no dia 13, pelo Brasileirão, o que demandará uma estratégia cuidadosa para a utilização do elenco.