Apesar de uma atuação aquém do esperado, o Flamengo conquistou uma vitória por 1 a 0 sobre o Amazonas na última quarta-feira (1), no Maracanã.
Os times se enfrentaram pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Mesmo após uma sequência de três jogos sem vencer na temporada, o técnico Tite enfrentou uma onda de protestos no estádio.
Treinador assume erros
Durante a coletiva de imprensa, o treinador assumiu que o Flamengo atuou abaixo do esperado:
“Todo esse contexto que você colocou, não fez uma boa partida e tem que assumir, principalmente no processo criativo e ofensivo. Esteve abaixo. Ele (Flamengo) esteve na capacidade de finalização, na capacidade criativa e na largura do campo. Tem que assumir e temos consciência de que esteve abaixo. Trabalho, não tem outra forma. quando você vem de duas derrotas e com toda expectativa que vem, o grupo sente.”
“Uma retomada de atletas vai te dar opções. Quando você tem Arrasca e Erick fora, e a gente ter cuidado com Nico e Varela. Cebola fora. Perde esse poderio todo, e a relação de confiança se perde um pouco”, explicou ele.
Recuar um passo
Após o revés do Flamengo contra o Botafogo, Tite mencionou a intenção de “recuar um passo”. Ele voltou a falar sobre essa decisão, enfatizando a necessidade de uma análise cuidadosa da situação e a implementação de ajustes estratégicos para corrigir falhas e melhorar o desempenho da equipe.
“Passo atrás é trabalhar fundamentos. Fiz uma analogia ao Jordan e é do livro dele. Quando a confiança não vem, a criatividade de reprogramação de movimentos vem. É ser simples e objetivo. Ainda queríamos, não atingimos isso. O desafio passa a ser o Bragantino”, disse.
O retorno de Gabigol
Tite enfrentou desfalques importantes devido às lesões de Cebolinha, Arrascaeta e Pulgar, enquanto optou por deixar o goleiro Rossi, Luiz Araújo e Ayrton Lucas no banco de reservas. No segundo tempo, houve a entrada de Gabigol.
O atacante conseguiu um efeito suspensivo em relação à punição por tentativa de fraude no exame antidoping, anteriormente determinada pelo STJD. Gabigol não atuava desde 25 de fevereiro e estava suspenso por 36 dias.
“Primeiro fiz o reconhecimento em termos físicos. Eu errei de tê-lo colocado num tempo tão grande no jogo. Porque estava um longo tempo fora, e eu o expus. Mas a necessidade do jogo faz. Era um tempo menor que ele tinha para o jogo, e eu quis usar um tempo maior por essa mobilização. Você pode jogar com dois, pode jogar ele com o 9. Ele pode jogar nessas duas variações.”
O treinador expressou sua gratidão por poder contar com o retorno do atacante e pela disponibilidade dele em ajudar a equipe a buscar um desempenho melhor em campo, assim como fortalecer a conexão com a torcida:
“O sistema 4-4-2 buscamos hoje e faço o agradecimento que fiz ao Gabi no vestiário. Faço publicamente. Não vinha treinando normal, mas a necessidade do jogo pedia um jogador do peso dele para trabalhar com dois atacantes. Afora toda essa mobilização do torcedor e o astral legal. A necessidade o fez.”
“Trabalhamos com 4-4-2 na medida em que Nico se queixava da panturrilha no intervalo, deixamos mais um tempo no período em que não havia o risco de estourar. Um não ganha, grupo ganha. Ele (Gabigol) está para dar força em relação à equipe toda”, disse.