O Santos optou por antecipar o valor total da venda de Marcos Leonardo ao Benfica, de Portugal. Essa operação foi realizada há alguns meses, em conjunto com um banco europeu.
O valor, inclusive, permitiu ao Peixe reorganizar parcialmente suas finanças, que enfrentavam problemas nos últimos anos. Com essa “colaboração”, é previsto que o balanço do primeiro trimestre de 2024 encerre no azul.
Valor antecipado ao Santos
Dessa forma, o Santos recebeu à vista cerca de R$ 96 milhões referentes à venda do centroavante ao clube português.
O Benfica realizará o pagamento de forma parcelada ao Santos, que, por sua vez, poderá gradualmente ressarcir o banco europeu pela antecipação da verba.
Essa operação, condicionada ao negócio feito com o clube português, foi considerada muito positiva pelo Santos, uma vez que envolve taxas de juros abaixo do valor de mercado. O Benfica adquiriu 70% dos direitos econômicos do jogador.
O Santos manteve 10% da chamada “mais-valia”. Isso significa que, se Marcos for vendido a outro clube por um valor superior aos 18 milhões de euros, o Peixe terá direito a 10% desse lucro.
Além disso, o clube receberá a taxa de clube formador, já que Marcos é um “Menino da Vila”.
Nova organização da situação financeiro
A antecipação do montante permitiu ao Santos reorganizar parcialmente sua situação financeira. O valor possibilitou que o pagamento de dívidas importantes e o fechamento de acordos cruciais para a continuidade do trabalho fossem concluídos.
Dessa maneira, entre esses acordos, se destaca o parcelamento em três vezes da dívida pela compra de Cueva junto ao Krasnodar, da Rússia, em 2019.
Transfer ban por Cueva
O caso envolvendo Cueva resultou em um transfer ban para o Santos na FIFA, além de dificuldades para solucionar e negociar com os russos, que estavam receosos após dois acordos não cumpridos por gestões anteriores.
Dessa maneira, o clube também enfrentou sanções da entidade no caso do técnico Fabián Bustos. No entanto, ambos os casos foram resolvidos.
Reestruturação das finanças do clube
Como parte dos esforços para reestruturar suas finanças, o Santos reduziu a folha salarial do time profissional de R$ 15 milhões para R$ 8 milhões.
Assim sendo, com essas medidas, o clube encerrou o trimestre com um superávit de R$ 25 milhões. O balancete financeiro dos três primeiros meses da gestão de Marcelo Teixeira já foi entregue ao Conselho Fiscal.