No último domingo (28), o Botafogo venceu o Flamengo, por 3 a 0. Os times se enfrentaram pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Artur Jorge terminou na liderança do nacional.
Durante a coletiva de imprensa, o português apontou a importância de cuidar da saúde mental de seus comandados e explicou como tem sido a sua busca pelo equilíbrio no clube alvinegro.
Saúde mental
O treinador explicou que a saúde mental dos jogadores é um aspecto que preza bastante e que já trabalhava com esse aspecto durante a sua passagem pelo Braga, clube que dirigia antes de acertar com o Botafogo:
“É um dos aspectos que mais me preocupa em relação aos atletas. Porque nós criamos muita expectativa sobre os jogadores. Hoje temos um vírus, que são as redes sociais. Isso me preocupa também. Temos que trabalhar também a capacidade de comunicar com os atletas buscando essa mesma evolução. Ganhamos um jogo só. Somos candidatos a ganhar jogos. Não quero falar do que acontecerá lá na frente. Não podemos viver o passado.”
“Temos tradicionalmente oito candidatos ao título. Só vai ganhar uma, sete vão ficar pelo caminho. Nesse momento, é importante ter os pés na terra. Não podemos alternar entre a euforia e a depressão porque não faz bem para a saúde mental”, disse ele.
“Temos que construir um processo que não seja afetado por um resultado. Queremos fazer um Botafogo cada vez mais forte. Isso será consequência do trabalho”, completou o treinador.
A comparação entre técnicos portugueses e brasileiros
O treinador também foi questionado sobre a comparação que está sendo feita entre os técnicos portugueses e brasileiros. O comandante apontou que não entraria na guerra:
“O bom senso me diz que não devo responder isso. Não vou entrar nessa guerra. Um dos melhores momentos que tivemos em Portugal foi com um técnico brasileiro. Não vou fazer diferença do que são uns e outros. O que falamos é de qualidade e isso independe de nacionalidade. Se não ganharmos, somos demitidos, não importa qual seja a nacionalidade.”
O trabalho que vem sendo feito
O comandante apontou que o trabalho que vem sendo feito no Botafogo está acontecendo graças ao empenho dos atletas. “Nós tivemos um primeiro tempo que foi mais equilibrado, mas não demos chances ao adversário”, analisou.
“Eles tiveram mais a bola, mas sem grande trabalho para nosso goleiro. Buscamos equilíbrio de empenho e desempenho. Se tivermos de resultado, melhor ainda. É o que nos leva ao sucesso”, completou o treinador do Alvinegro.
Artur Jorge citou a cara do time e a expectativa para a estreia na Copa do Brasil:
“Acho que nesta altura conseguimos ter uma ideia daquilo que pretendo para o time. Não totalmente, mas estruturalmente está bem perto disso. Falta agora acrescentar mais intensidade, mais valor ao que fazemos. A Copa é uma competição que levamos muito a sério. O sorteio nos colocou contra um adversário muito bom também, mas vamos nos preparar para fazer o melhor possível.”
Troca Tchê Tchê por Eduardo
Por fim, o treinador explicou o motivo para ter substituído Tchê Tchê por Eduardo e explicou que os dois conhecem trabalhar de forma parecida, por mais que tenham características diferentes:
“A questão é desempenho físico. Eduardo vem de uma lesão e precisávamos de energia para ajudar a equipe. Todos os jogadores que entraram acrescentaram muito ao time do Botafogo. Falo isso porque muitos que jogam 15 minutos não se sentem tão importantes quanto os que jogam 90. E para o técnico é muito importante que todos se sintam parte.”