O técnico Gabriel Milito enfrentou um desafio intenso logo nos primeiros jogos pelo Atlético-MG, com oito partidas em apenas 24 dias. Devido ao calendário apertado do futebol brasileiro, não houve semanas livres para treinamentos, o que obrigou o treinador a se adaptar constantemente.
Como resultado, o treinador do Galo só conseguiu repetir a escalação da equipe em uma oportunidade durante esse período.
Mudanças no Galo
Até o momento, os métodos adotados pela comissão técnica têm sido eficazes. Em oito jogos, o Atlético-MG obteve cinco vitórias e três empates. Além disso, conquistou o título do Campeonato Mineiro, competindo em três torneios diferentes.
No entanto, mesmo com o sucesso, o calendário brasileiro tem sido uma surpresa para Milito, apresentando desafios significativos em termos de logística e preparação da equipe:
“Temos que analisar profundamente para decidir quais jogadores estão melhor para jogar. É uma equipe grande. O calendário do futebol brasileiro não existe em nenhum lugar da América do Sul e nem quase em outro lugar do mundo. Porém, os jogadores estão acostumados. Eles têm o hábito.”
Os titulares
Sob o comando de Milito, apenas quatro jogadores foram titulares em todos os jogos: Everson, Saravia, Hulk e Paulinho. Nas demais posições, o treinador realizou alterações e repetiu a escalação da equipe em apenas uma oportunidade.
Paulinho, que ocupa a camisa dez do time, analisou a sequência de jogos e destacou a importância de todos os atletas estarem prontos para entrar em campo quando necessário:
“Sabemos que o calendário suga, mas estamos acostumados. Estamos vindo de uma temporada que jogamos quatro competições. Temos que tentar aproveitar o auxílio da comissão técnica para recuperar os jogadores e trabalhar quem está jogando menos.”
Novas oportunidades
Desde sua chegada ao clube, o treinador já utilizou 22 atletas. Entre os membros do elenco profissional, Gabriel Delfim, Matheus Mendes, Gabriel Átila, Rômulo, Vitor Gabriel, Brahian Palacios, Isaac e Alan Kardec ainda não tiveram oportunidade de entrar em campo.
Milito indicou que está aberto à possibilidade de dar oportunidades a outros jogadores, seja como parte do processo de recuperação física ou como parte de uma avaliação durante os jogos, não se limitando apenas aos treinamentos.
“Em alguns momentos necessito dar espaço para outros companheiros, como parte da recuperação, mas também para ver eles competir. Uma coisa é ver em treinamento, outra é analisar competindo. Aí, tem o verdadeiro valor de uma análise.”