Na última quinta-feira (25), Cerro Porteño e Fluminense empataram por 0 a 0 na terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.
Durante a entrevista coletiva após o jogo, o técnico Fernando Diniz não deu previsão de retorno para John Kennedy, Alexsander, Kauã Elias e Arthur – o quarteto afastado por realização de festa em concentração antes do clássico contra o Vasco.
Diniz fala sobre jogadores afastados
O treinador do Fluminense classificou a indisciplina como “inadmissível”:
“Em relação aos jogadores, foi algo inadmissível, ainda mais nos tempos de hoje. A gente espera que sirva de correção para esses e para outros, para o futebol brasileiro levar mais a sério o futebol profissional. Há muitas famílias envolvidas. A gente tem que trabalhar com respeito e o máximo de empenho para que as coisas aconteçam de maneira correta.”
“Em relação aos garotos, a gente não tem uma previsão. Isso é uma coisa que a gente vem conversando no dia a dia”, completou o treinador em entrevista coletiva.
O afastamento do quarteto
A decisão de afastar John Kennedy, Alexsander, Kauã Elias e Arthur por atos de indisciplina só veio a público na tarde de terça-feira (23), embora o Fluminense já estivesse ciente disso algumas horas antes.
A festa realizada em um hotel na Barra da Tijuca, considerada “muito fora do tom”, incomodou até mesmo lideranças do elenco e foi o estopim para a punição mais severa.
O Fluminense tomou conhecimento da farra horas após a vitória sobre o Vasco, no último sábado (20), pelo Brasileirão. A decisão de advertir os atletas demorou a ser anunciada porque o clube decidiu investigar o caso.
O clube também queria dar aos atletas a oportunidade de se defenderem. Após a conclusão das investigações, ficou decidido pelo afastamento.
A investigação
A principal preocupação, tanto do Fluminense quanto da segurança do hotel, era entender como as mulheres conseguiram entrar no local. O ge apurou que a resposta veio por meio de uma análise das câmeras de segurança: um quarto, localizado em um andar diferente dos jogadores, foi reservado para elas. Essa informação também foi divulgada pelo ‘Canal do Lessa’.
A festa ocorreu em um andar bastante distante dos quartos da delegação tricolor, para evitar o monitoramento dos seguranças do Fluminense.
Por exemplo, caso um hóspede quisesse visitar o quarto dos jogadores, não conseguiria acessá-lo. No entanto, mesmo distante, moradores do hotel reclamaram do barulho para a administração, que investigou e flagrou o ocorrido.
Desconforto no elenco
O incidente causou grande desconforto dentro do Fluminense devido ao contexto. Na tarde anterior, ainda no CT Carlos Castilho, Fernando Diniz e as principais lideranças do elenco solicitaram que a concentração fosse mantida.
O clube não estava em uma boa fase nos clássicos (não vencia os rivais há 13 partidas, a pior sequência de sua história), e uma vitória sobre o Vasco ajudaria a amenizar as críticas. Mesmo com todos os apelos por concentração, a festa aconteceu.
Os estafes dos atletas foram surpreendidos e ficaram chocados com a decisão tomada pelo Fluminense. Os jogadores não esperavam que a história vazasse e mantêm silêncio desde então nas redes sociais.
Casos reincidentes
John Kennedy e Alexsander são casos reincidentes de problemas de disciplina. Não é a primeira vez que recebem advertências, sendo esta a mais grave até o momento.
No entanto, a presença de Kauã Elias chamou a atenção. Aos 18 anos, era esperado que ele estivesse no Sub-20 sendo um dos principais nomes da equipe e se desenvolvendo.
No entanto, após renovar seu contrato, ele permaneceu no elenco profissional e, apesar de ter recebido poucos minutos em campo, agora está afastado.