O Flamengo entrou na Libertadores como favorito ao título, mas até agora o melhor desempenho após duas rodadas da fase de grupos é do Bolívar, que tem 100% de aproveitamento e um saldo de cinco gols.
Um dos principais responsáveis por esse sucesso é um brasileiro: o centroavante Francisco da Costa, que marcou três gols em dois jogos.
Os números de Chico
Na fase de grupos, apenas Paulinho, do Atlético-MG, e Maxi Silvera, do Peñarol, marcaram a mesma quantidade de gols até o momento.
Nesta quarta-feira (24), às 21h30 (horário de Brasília), no estádio Hernando Siles, situado a 3.600 metros de altitude em La Paz, o Bolívar deposita suas esperanças em seu artilheiro para surpreender o Flamengo e dar um passo
Chico, como é conhecido pelos mais próximos, afirma estar vivendo aos 28 anos a melhor fase de sua carreira, que foi construída quase inteiramente fora do Brasil. Desde que chegou ao clube em 2022, o atacante tem uma média de quase uma participação direta em gol por jogo: são 47 gols e 21 assistências em 70 partidas.
A projeção para o jogo
Em entrevista ao GE, o jogador foi questionado sobre a sua expectativa para o confronto diante do Flamengo. Chico afirmou que todos entendem que o jogo é completamente importante:
“Acho que não só da torcida, mas o entendimento geral aqui na cidade, no país, é que é realmente um jogo importante, onde somar três pontos é botar um pé nas oitavas de final. Então a mobilização é grande, jogo onde a motivação é mais alta.”
“O Grupo entende a importância, está tomando o jogo como tem que ser tomado, respeitando o Flamengo que é um grande da América, mas com esperança, além de ser um bom jogo, que os três pontos fiquem com a gente”, contou ele.
Jogos com Léo Pereira e Ortiz
Francisco já é um velho conhecido de dois zagueiros do Flamengo. Ele atuou com Léo Pereira e jogou futsal com Léo Ortiz:
“Comecei com o Léo Pereira, ele é de 96, eu sou de 95. A gente dividiu o time sub-20, trabalhamos juntos. O Léo nessa época já era da seleção de base, sempre foi uma promessa e fico feliz por ele ter cumprido porque às vezes a categoria de base é uma ilusão.”
“Ele realmente chegou, está num nível muito bom, fez um bom trabalho no Athletico, conseguiu concretizar as expectativas, e agora está no melhor momento dele, no meu entendimento. Fico feliz por ele, vai ser um reencontro“, completou.
O brasileiro também falou sobre o trabalho com Léo Ortiz:
“Também trabalhei com o Léo Ortiz, a gente jogou futsal em Porto Alegre dois anos, acho que 2006 e 2007. Conheci ele mais criança e também fico feliz por ele. (…) A gente se segue nas redes sociais, acompanha o que um e outro vem fazendo. De muito diálogo não, mas vai ser importante revê-los em campo, trocar uma ideia.”
A projeção para o duelo
No ano passado, o Bolívar chegou às quartas de final da Libertadores. Para Chico, a expectativa é de ir além nesta temporada:
“É importante sonhar. É muito difícil falar do Bolívar e concretizar, “a gente vai chegar”. Temos que ter essa mentalidade, para chegar mais longe, para fazer história. Além de ser humilde, entender que há outros favoritos para chegar, mas temos totais condições de surpreender os demais. Para nós não seria uma surpresa. Eliminar o Athletico-PR ano passado nas oitavas de final, da maneira que foi os dois jogos, lembro como a gente se comportou, para mim não foi surpresa nenhuma.”
“Foi uma coisa natural, respeitando o Athletico-PR. É importante sonhar em chegar longe, seria histórico para esse clube jogar uma final. Tem que sonhar com isso, mas primeiro é um grupo muito difícil onde temos que encaminhar a classificação, e a partir das oitavas, jogo a jogo, sonhar com coisa grande”, completou ele.