Dos contratempos, o menos grave. Ou melhor ainda, não exatamente contratempos, mas sim alertas. O Santos teve dificuldades para vencer o Paysandu por 2 a 0, neste sábado, na estreia da Série B do Brasileirão.
No entanto, garantiu os três pontos e pode interpretar os desafios táticos e técnicos do jogo como um alerta construtivo para o restante da temporada.
A estreia na Série B
O jogo na Vila Belmiro, sem público, também proporcionou disputas interessantes no Santos, especialmente nas laterais e no ataque. Após o duelo contra o Papão da Curuzu, não há uma definição clara sobre os 11 titulares. Jogadores como Pedrinho, por exemplo, mostraram seu potencial e estão buscando espaço na equipe.
No primeiro tempo, ficou evidente que o Santos recebeu alguns recados importantes. Um deles diz respeito ao comportamento dos adversários, que adotaram uma marcação forte e muitas vezes faltosa, com contato físico constante, o que irritou jogadores importantes do time, como o venezuelano Otero.
Decepção para os torcedores?
Os primeiros 45 minutos dos comandados de Fábio Carille foram decepcionantes e até mesmo desesperadores na visão do torcedor, com muita marcação, poucos espaços e certo nervosismo na tentativa de criar jogadas mais contundentes. Os erros foram abundantes.
O jogo parecia estar em um impasse, com o Paysandu dominando algumas ações. Gil, destacando-se entre os jogadores do Santos, chegou a furar a bola em uma tentativa de afastar um possível gol adversário. A insistência em jogadas pelas pontas ou em cruzamentos pouco efetivos deixou o Peixe distante de abrir o placar.
Pedrinho é destaque
A segunda etapa foi como a luz no fim do túnel para o Santos. Mudanças nas peças foram determinantes para o resultado final positivo. Dois laterais deixaram o campo para a entrada de outras duas peças que podem em breve disputar vagas no time: o jovem JP Chermont e o estreante Rodrigo Ferreira.
O Santos conseguiu impor sua presença no campo ofensivo, com mais profundidade pelas pontas. No entanto, o elemento surpresa não veio dos laterais que entraram. O novo detentor da lendária camisa 7 do Santos, o atacante Pedrinho, foi quem trouxe o diferencial necessário para o jogo, com lances individuais decisivos.
Foi o atacante, atuando pelo lado direito, que protagonizou um drible sequencial em dois marcadores, abrindo o placar a favor do Santos. A partir desse momento, a equipe santista dominou a etapa final do jogo. Guilherme, após uma enorme entrega física ao longo da partida, foi recompensado com o segundo e último gol do duelo.
As substituições feitas por Carille surtiram efeito e abrem espaço para novas considerações táticas nos próximos jogos. O sofrimento é uma parte inevitável dos confrontos difíceis da Série B, e o mais importante para o Peixe é encontrar maneiras de minimizá-lo. Nada é mais crucial do que conquistar pontos.