Fernando Diniz enxerga sua relação com o Fluminense como um casamento. Juntos na alegria, na tristeza, nos momentos de glória e também quando as coisas não vão bem. Nesta segunda passagem, o treinador, muitas vezes zombado por não ter conquistado troféus de elite, conseguiu logo três com o Tricolor.
O clube alcançou sua maior façanha ao conquistar a Conmebol Libertadores e exorcizou o fantasma da LDU ao vencer a Recopa Sul-Americana.
Sentimento de alegria no Fluminense
Em entrevista ao portal ‘GE’, o treinador comentou sobre a alegria que tem em representar o Fluminense e relembrou quando atuou pelo clube, ainda na carreira de jogador:
“É um motivo de muita alegria. É um sentimento muito puro que brota de mim. Sempre digo que me sinto muito bem no Fluminense. Desde quando joguei. Não é agora que vieram os títulos e a coisa ficou mais fácil. Gosto muito de vir para o Fluminense. Gosto de como os torcedores me tratam. Me enche de força e me mostra que estou no caminho certo.”
Diniz destacou a conexão que existe. “Gosto muito da conexão com a torcida. É sempre um peso ficar longe da minha família, essa distância é amarga, mas a minha presença no Rio de Janeiro ao lado da torcida do Fluminense atenua algo que é muito pesado para mim”, contou.
O foco em 2024
Questionado sobre o desafio do Fluminense para a temporada, o treinador destacou que o time está muito bem:
“Nós encorpamos o elenco de uma maneira muito positiva. Vieram jogadores dentro daquilo que o Fluminense pode fazer. Não foi só eu, Mário, Angioni, Fred ou Ricardo Correa. A gente se comunicou e fez um trabalho muito bem feito. Por ter encorpado o elenco, temos que aprender que tem a Libertadores e outros campeonatos. Ano passado, o mais difícil não era não ter elenco.”
“O mais difícil era que o foco (dos jogadores) estava muito concentrado na Libertadores. Este ano estamos aprendendo a digerir o que aconteceu no ano passado, o time encorpou e temos mais chance de levar nas três frentes melhor do que no ano passado”, completou.
A saída da Seleção Brasileira
Questionado sobre a sua passagem pela Seleção Brasileira, Diniz assumiu que ficou chateado pela forma na qual foi demitido do cargo e comentou sobre quais eram as suas expectativas naquela época.
“No primeiro momento, eu fiquei muito triste com o que aconteceu. Esperava ficar até a Copa América. Foi uma tristeza muito grande no começo. Mas o Senhor sabe de todas as coisas. Hoje tenho um sentimento de gratidão. Aprendi muita coisa lá. Reforçou muito as minhas convicções e o que penso sobre a vida, foi uma experiência muito positiva. Não importa o que os outros vão falar.”
“O trabalho para mim foi muito intenso, trabalhei muito lá. A chance de dar certo era enorme. Eu vi aquilo acontecer no treino, os jogadores pegando (o estilo de jogo), mas foi interrompido”, analisou o treinador do Fluminense.
“Lá na frente, vamos saber melhor. Fui e fiz o que poderia fazer melhor. Eu amo o que eu faço. Era muito trabalho, mas eu me divirto muito trabalhando. Para mim, foi muito mais uma coisa positiva e gostosa do que um peso”, finalizou ele.