Após a vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, Fernando Diniz abordou a tendência de demissões em série de técnicos no Brasil, mencionando a saída de Thiago Carpini do São Paulo, que foi substituído por Luis Zubeldía.
O treinador, de 39 anos, comentou sobre o contexto atual do futebol brasileiro e destacou uma maior paciência em relação aos técnicos estrangeiros.
As críticas de Fernando Diniz
Em coletiva após a partida, o treinador do Fluminense comentou sobre a demissão de Carpini:
“Acho ridículo o que aconteceu com o (Thiago) Carpini, e o que acontece com os estrangeiros também. Não é que o (técnico) brasileiro não serve, ninguém serve. Serve só se ganhar. (…) O Abel (Ferreira) não está aí há tanto tempo porque é bom. Ele é bom mesmo, senão não ganharia o que está ganhando. Mas ele está aí porque ganhou. Quando eu falo que essa é uma análise de resultados…”
“Tem um monte de treinador brasileiro bom, mas tem menos tempo. A gente tem uma paciência maior para mandar estrangeiro embora”, completou Fernando Diniz.
O treinador do Fluminense falou sobre a chegada de comissões estrangeiras:
“Quando vem um treinador estrangeiro, são bem-vindos. Uma comissão técnica, daqui a pouco vem gerente, assessor de imprensa, jornalista. Aí a gente vira país colônia, extrativista total. A gente tem que ter um pouco mais de cuidado, que infelizmente temos muito pouco. Não acredito que essa relação seja justa em relação aos treinadores brasileiros.”
O fim do jejum em clássicos
Com gols de Ganso e Martinelli, e Vegetti descontando para os vascaínos, o Fluminense quebrou uma sequência de 13 clássicos sem vitória. Esse resultado representa um momento importante para a equipe, mostrando sua capacidade de superação e determinação em jogos decisivos:
“É sempre bom ganhar, quebrou os 13 clássicos sem vencer. Essa notícia não dava pra ficar. Muita gente vai ficar triste, não vai dar pra criar caos. Até recapitulando, muito clássico que a gente deixou de ganhar na conta foi por causa da Libertadores, da Recopa. Se tivesse um outro jogo, a gente teria que poupar e poderia ser que não ganhasse. As pessoas gostam de colocar tudo na mesma conta. Vamos ver qual vai ser o próximo assunto para polemizar.”
Treinador lamenta gol sofrido
O treinador destacou o que considerou uma boa atuação da equipe, apesar de alguns erros cometidos na fase inicial de construção que concederam boas oportunidades para os vascaínos. Ele também lamentou o gol sofrido pouco depois de abrir o placar em 2 a 0, o que, segundo ele, “daria mais espaços” para ampliar a vantagem.
Além disso, o Fluminense conta com uma sequência notável de partidas sem perder para o Vasco dentro do Maracanã. Incluindo o jogo deste sábado, são sete jogos consecutivos contra o rival sem derrota. O estádio tem sido um grande aliado na Era Diniz.
“Jogar no Maracanã é uma força muito grande do time, sempre foi, pelo menos desde que estou aqui. O que a gente precisa é voltar a pontuar bem fora de casa, que é uma coisa que fizemos bastante em 2022 e não conseguimos tanto em 2023. Muitos jogos que fizemos fora, em 2023, jogamos com time alternativo. Dificultava para a gente pontuar. A gente espera esse ano jogar e pontuar de uma maneira mais equilibrada, manter esse ritmo de pontuação dentro de casa. Mas a gente precisa melhorar fora.”