O Fluminense ainda não conseguiu conquistar uma vitória neste Campeonato Brasileiro. Na última terça-feira (16), o Tricolor foi derrotado por 2 a 1 pelo Bahia, pela 2ª rodada da competição.
O técnico Fernando Diniz demonstrou visível irritação com o resultado e admitiu que sua equipe se desmobilizou após a paralisação por conta da chuva, que causou o alagamento do gramado da Fonte Nova ainda no primeiro tempo.
“Infelizmente a gente começou muito bem. Depois da chuva, fomos muito mal. O time desmobilizou. Retornou ao intervalo remobilizado. Mas acabamos tomando a virada”, comentou o treinador após a partida.
Foco no restante da temporada
O treinador também abordou o uso de jogadores improvisados durante a partida. O Fluminense terminou o jogo com cinco atacantes e cinco meio-campistas em campo:
“A lógica é melhorar o time. Foi assim que melhoramos para ganhar do Internacional (no Beira-Rio, na semifinal da Libertadores de 2023) e ganhar. Obviamente que, se a gente tivesse os jogadores da posição que eu achasse que fosse ficar melhor, eu os usaria.”
Diniz justificou as suas substituições para o confronto. “Não mexo para piorar o time. Se aquilo lá foi bom, porque hoje é motivo de questionamento? O cara que tá criticando hoje, tem que criticar contra o Inter e não ganharia a Libertadores”, explicou.
Problemas no meio-campo
O técnico considerou que os gols do Bahia não surgiram de uma suposta fragilidade do meio-campo do Fluminense, mas sim de erros individuais de sua equipe. Diniz enfatizou que não houve necessariamente falta de jogadores naquela região do campo:
“Para mim, futebol não é ter três jogadores específicos do meio. A gente sempre joga com muita gente no meio-campo, independentemente de quem joga. O (John) Kennedy voltou, ajudou. Trouxe possibilidade de ganhar profundidade e no cruzamento ter uma possibilidade de finalizar.”
“Nunca pensei futebol assim. O time tem que saber ocupar o setor. Não tem a ver com o meio-campo”, completou o treinador.
Análise do confronto
Fernando Diniz ainda destacou o jogo executado pelo Bahia na partida.
“As chances do Bahia foram erros na primeira fase de construção. No primeiro gol, a gente tinha uma bola limpa, o Lima errou o passe e cedeu o contra-ataque. Teve o escanteio a gente não tirou o chute e tomamos o gol. O segundo, a gente estava com a bola na primeira fase de construção, o Martinelli forçou um passe, a gente tomou um contra-ataque e desorganizou.”
O treinador ressaltou que o gol de Cauly foi por erro individual do Fluminense, sem ter a ver necessariamente com o meio-campo do Tricolor:
“O Cauly recebeu um bola onde não devia receber e a gente tomou o gol. O que tinha a ver com o meio de campo? As outras chances do Bahia, em quase todas, a gente errou na saída. Se tivesse mais gente ia sofrer. Se tivesse perdido muito duelo, eu concordaria com você. A gente começou a pressionar e errou na saída. A gente começou a errar na primeira fase de construção, coisa que a gente não costuma errar.”
“A maior parte dos nossos erros foi na saída. Talvez se tivesse um zagueiro, a gente não teria tomado o segundo gol, talvez. Com um jogador da posição ali. Infelizmente hoje a gente errou muito mais do que devia”, finalizou Diniz.