Thiago Carpini enfrentou um dia de intenso trabalho, incertezas e interações com uma certa frieza ao longo da reapresentação do São Paulo após a derrota para o Fortaleza. O time perdeu, por 2 a 1, durante a sua estreia do Campeonato Brasileiro.
Apesar da pressão, o treinador foi mantido no cargo e liderou as atividades do dia no campo da segunda-feira (15).
O comandante iniciou a preparação para o próximo jogo, contra o Flamengo, que poderá definir seu futuro no clube. Nesta terça-feira (16), ele conduzirá mais uma sessão de treinamento antes da viagem ao Rio de Janeiro.
Carpini está lidando com pressão no Tricolor
Considerado uma aposta da diretoria após seus bons trabalhos em 2023 no Água Santa e no Juventude, Carpini está praticamente isolado após a última derrota.
O treinado não recebeu apoio interno da diretoria, que passou os últimos dias tentando conter a pressão nos bastidores do Morumbis pela sua demissão.
Sem fazer declarações em entrevistas ou em suas redes sociais, o presidente Julio Casares começou a receber sugestões de possíveis substitutos para o treinador em caso de derrota contra o Flamengo.
No entanto, caso opte por essa medida, o São Paulo terá que pagar uma multa contratual de R$ 2 milhões ao treinador.
Especulações sobre a demissão
Enquanto tentava lidar com a pressão, Carpini passou o dia inteiro lidando com especulações sobre sua possível demissão e até mesmo sobre a suposta busca do clube por um substituto.
No cargo há três meses, o jovem treinador acumula 17 jogos pelo São Paulo, com sete vitórias, seis empates, quatro derrotas e um aproveitamento de 52,9%.
Durante esse período, o Tricolor conquistou a Supercopa do Brasil, vencendo o Palmeiras, e foi eliminado nas quartas de final do Paulistão.
O que disse ele após a derrota
Após a derrota para o Fortaleza, o treinador falou sobre a reação da torcida:
“É difícil neste momento pedir paciência ao torcedor do São Paulo. Em todo jogo, eles fazem uma festa linda no Morumbis, nos sentimos cada vez mais chateados por não darmos a resposta, o torcedor voltar chateado, manter o nível que tivemos em 45, 50 minutos em 80, 90 minutos para ter um resultado melhor. Entendemos a chateação do torcedor, porque é a nossa, também.”
“Mas o que posso dizer é que a gente segue trabalhando, com paciência, por mais que seja difícil no momento, temos de trabalhar, evoluir, ver o que temos de melhor no próximo jogo, vendo aspecto físico“, disse Thiago Carpini.
“A chateação do torcedor é a nossa, mas se tem um ponto positivo no momento turbulento é o torcedor são-paulino”, completou o treinador.
Erros são incômodos
Carpini também falou sobre os erros da equipe:
“São erros recorrentes, algo que me incomoda muito. Se incomoda o torcedor, imagina eu e os atletas, porque a gente trabalha em cima disso, colocamos vídeos para não ter os mesmos erros e acontece às vezes desta maneira. E o segundo gol é total desequilíbrio, um fator que temos de trabalhar melhor, não tem como com uma linha de três bem postada, sem sofrer no primeiro tempo, a primeira finalização do Fortaleza foi gol.”
“Não tem por que se lançar para buscar o empate de qualquer maneira. Como falo para eles, de maneira organizada, competindo. Mas tem algumas coisas que fogem do controle, o ímpeto do atleta. E não acho ruim, mostra a gana de tentar vencer pelo São Paulo. Mas precisamos de mais equilíbrio nestas situações, não podemos estar tão expostos”, completou.