No último domingo (7), o Bahia ficou no empate, em 1 a 1, com o Vitória. Durante a partida, a expulsão de Rezende complicou a situação do Tricolor, que não conseguiu a vitória que tanto almejava.
O time ficou sem o título e teve o fim da sua hegemonia no país. Após a partida, o treinador Rogério Ceni falou sobre a derrota e as estratégias utilizadas para a partida.
Substituição de Juba e Rezende
Para Ceni, a troca entre Juba e Rezende tem justificativa:
“No jogo fora de casa eu tentei dobrar a marcação do Juba com o Rezende tentando evitar que o adversário construísse mais pelo lado direito. O Juba recompõe melhor do que o Biel, tanto que o Juba joga como lateral e o Biel como atacante.”
Para o jogo da volta, a substituição foi diferente:
“Hoje, precisando do resultado, achei que o jogo estava mais para o Biel. Fazer o um contra um, para atacar mais o interior e abrir o espaço para a ultrapassagem de Jean Lucas. Essa é até a situação do gol. Eu achei que para o jogo de hoje o Biel era mais útil, com talento de um contra um, drible e flutuação para chegar ao gol adversário.”
“Lá no Barradão, o Juba foi um jogador mais de lado, de trabalhar mais perto da linha e dobrar a marcação com o Rezende, ele só foi para a lateral quando o Rezende precisou ir para o meio. Só saiu naquele jogo porque ele pediu por conta do cansaço, se não ficaria até o final”, completou ele.
Seus planos como treinador
Sobre seu projeto, Rogério Ceni destacou que a perda do título não influencia nos seus planos:
“Meu projeto… Não. Eu penso o seguinte: nós temos uma convicção de trabalho, a maneira como o time joga, como o time propõe o jogo. Lógico que o Vitória obteve oportunidade para fazer o segundo gol no jogo de hoje. Mas mesmo no 10 contra 11 nós jogamos em função de fazer o gol, de construir, de trabalhar…”
“Tentamos sempre povoar o campo do Vitória para fazer o gol, mesmo no 10 contra 11. Empatamos o jogo, mas não conseguimos o resultado preciso. Mas eu não posso fazer isso por uma ou duas partidas, que as coisas não foram exatamente como a gente queria pela perda do título”, explicou.
Triste pelo resultado
O treinador do Bahia revelou que fica triste pelo resultado:
“Realmente é muito triste para nós, o torcedor também esperava, compareceu e incentivou. Mas a gente não pode mudar nossas convicções por um ou dois resultados. Isso é um processo, e a gente espera fazer bons jogos ainda jogando da maneira que a gente trabalhou da pré-temporada até hoje.”
“Frustrado pelo resultado, gostaria de ter o título aqui hoje, seria muito importante. Temos que seguir, vislumbrar a quarta-feira, com um time bem desgastado, um jogo muito importante para nós. Já no sábado tem o Internacional em Porto Alegre, na terça tem o Fluminense… É puxado”, apontou.
“Eu queria muito ser campeão, a responsabilidade é minha, as escolhas e as mudanças são minhas, então a responsabilidade é toda minha. Dos jogadores, eu só tenho elogios para fazer, convivemos horas por dias, e a forma como eles representaram o clube hoje é muito digna”, explicou.
“Mesmo com muita dor no coração de ter perdido esse título importante para o clube”, disse Rogério Ceni
Por fim, ele elogiou a força do torcedor:
“É muito difícil exigir qualquer coisa do torcedor agora. Nesse primeiro trimestre eu não lembro de nenhum jogo com menos de 20 mil aqui. É hora de entregar mais coisas ao torcedor do que pedir a presença deles aqui dentro. Nós queríamos ser campeões, assim como o torcedor, infelizmente deixamos passar essa oportunidade.”