No último domingo (7), o Bahia empatou com o Vitória, em 1 a 1. Como perdeu no jogo de ida da final do Campeonato Baiano, o time tricolor ficou com o vice-campeonato baiano.
Em coletiva de imprensa após o confronto, o técnico Rogério Ceni falou sobre a sua estratégia para o confronto, assim como o que faltou para que a equipe ficasse com a taça.
Assumiu a responsabilidade
Desde setembro de 2023 à frente do Bahia, Rogério Ceni assumiu a responsabilidade pelo vice-campeonato do clube. Ele fez uma análise do estilo de jogo da equipe e mencionou o Flamengo, clube que comandou em 2020.
“Por característica sou um treinador muito ofensivo. Jogava no Flamengo com quatro “camisas 10” no meio-campo. O Diego era o primeiro volante, aqui o Caio Alexandre é o nosso primeiro volante. Agora, você não é defensivo no jogo porque durante 15 minutos você tenta fazer uma linha de cinco defensiva”, apontou.
“Não conseguimos executar bem o que nós propusemos a fazer no primeiro jogo, não conseguimos fazer com que desse certo a proposta de jogo para manter o resultado que nos era favorável. A responsabilidade sempre vai recair sobre mim, o que acho completamente justo”, afirmou.
O treinador garantiu que o time jogou um futebol ofensivo:
“Mas nós jogamos um futebol muito ofensivo, tentando propor o jogo. Eu sei que o mais importante não é a forma que você joga, mas os resultados que você tem. O título se sobrepõe a qualquer sistema de jogo. Se a gente tivesse executado de maneira correta o que escolhemos no último jogo, a gente poderia ter saído com um resultado melhor no Barradão.”
“As circunstâncias do jogo nos deixaram em uma situação mais delicada, mas até o último lance tivemos a oportunidade de levar para os pênaltis”, apontou Rogério Ceni.
Preparação física
Ainda na coletiva, o treinador apontou que a preparação física do Bahia para o confronto não foi algo que tenha atrapalhado o time:
“A preparação física é boa. É que no último jogo perdemos muitas posses de bola simples no meio de campo, errando muitos passes. E quando você começa a fazer muitas transições, para jogadores técnicos como o Everton Ribeiro e o Caio Alexandre, eles não têm como características a marcação.”
“Então, nessas perdas, Everton precisa voltar, Cauly precisa voltar, Caio precisa voltar, eles se cansam mais. Hoje, com temperatura mais baixa, não demos tantas transições ao adversário, mesmo com 10 em campo”, citou.
“Cauly esteve um pouco cansado, o que é normal jogando com 10, mas creio que eles suportam bem no dia de hoje”, explicou.
O que faltou para o título
Questionado sobre o que faltou para o título, o treinador do Bahia apontou o que faltou para a equipe levantar a taça:
“Muito difícil fazer uma análise única. Caímos de produção no primeiro jogo, perto do minuto 70 o time baixou bastante a guarda. O time errou bastante as saídas de jogo, perdemos muito a bola, o que ocasionou um desgaste físico muito grande. Por outro lado, o rival cresceu no final como mandante.”
Para Ceni, a expulsão de Rezende acabou atrapalhando o resultado. “Hoje, infelizmente, a expulsão atrapalha. Não é uma crítica ao Rezende. No lance ele teria que fazer o enfrentamento, e eu acho que a decisão de campo deveria ser mantida”, apontou.
“Mas quando você fica com um homem a menos impacta diretamente no resultado do jogo. Não tem como negar que o 10 contra 11 traz um impacto muito grande em jogos grandes e equilibrados”, completou ele.