O Bahia ficou no empate em 1 a 1 com o Vitória no domingo (7), garantindo assim o vice-campeonato estadual. Precisando de uma vitória por um gol de vantagem para forçar a decisão para os pênaltis, o Tricolor viu suas chances diminuírem com a expulsão de Rezende ainda no primeiro tempo, o que acabou por minar seu fôlego e poder de reação.
O Bahia iniciou a partida em bom ritmo, porém, teve que se reorganizar após o gol de Wagner Leonardo aos 13 minutos. Aos 19, Everton Ribeiro igualou o placar. O time tricolor pressionou por mais de dez minutos em busca da virada, até que veio a expulsão.
Erros nos detalhes
Na visão do técnico Rogério Ceni, a perda do título estadual pelo Bahia se deu nos detalhes, diante de um adversário competitivo que impôs uma marcação forte no meio-campo:
“Eu acho que hoje, com a expulsão, sofremos mais do que o normal, mesmo com muitas oportunidades de gol. Foi até um lance interpretativo, o árbitro deu sequência. E ficar com um a menos durante 70 minutos pesa um pouco em um dia como hoje.”
O treinador ainda destacou a força do rival. “O Vitória é uma equipe muito competitiva, tem força de marcação no meio-campo. Nós tivemos boas oportunidades na soma das duas partidas, eles também”, falou.
“Mesmo com um homem a mais eles se postaram defensivamente e apostaram nos contra-ataques e transições para criar”, completou Rogério Ceni.
Análise dos jogos
O treinador apontou o equilíbrio da partida:
“Foram dois jogos bem equilibrados. É uma pena, sei que os torcedores estão tristes, também estamos. Queríamos conquistar esse primeiro título com o Bahia. Vamos bastante chateados para casa. A torcida lotou o estádio e foi nosso combustível.”
Ceni apontou que o Bahia perdeu no detalhe. “Mas repito, foram dois jogos muito parelhos, e perdemos por detalhes. Tomamos gols no final do outro jogo, nesse tomamos logo no início. Corremos atrás o jogo inteiro, mas eles foram mais felizes nas conclusões a gol somando as duas partidas”, completou.
Yago Felipe foi chamado de burro
O treinador também justificou a desistência de uma alteração durante o segundo tempo. Após uma conversa com o volante Yago Felipe e ser chamado de “burro” pela torcida, Ceni decidiu reverter sua decisão e colocou Ademir em campo.
No entanto, ele negou que tenha mudado de ideia devido à reação das arquibancadas:
“Na verdade iriam entrar os dois, tanto Yago quanto Ademir. Mas para arriscar um pouco mais ofensivamente, ia entrar o Yago e sair Thaciano, e o Caio [Alexandre] fez sinal de que já estava esgotado. Então eu ia botar os dois lado a lado e iria posicionar o Ademir do outro lado [esquerdo] para ter velocidade e manter o Everton ainda em campo.”
O treinador destacou a sua estratégia:
“Como eu achei que o Thaciano aguentaria mais um pouco, eu voltei com o Thaciano para tentar manter o time um pouco mais ofensivo, botando o Ademir, mantendo o Everton Ribeiro e colocando o Thaciano como segundo volante naquele momento. E como o Thaciano suportou até o final do jogo junto com o Jean [Lucas] não houve a necessidade de colocar mais um homem de recomposição.”
“Eu recuei na mexida porque achei que o Thaciano estava um pouco cansado para fazer o lado, e achei que não aguentaria até o final de jogo como segundo volante. O Ademir entraria junto com o Yago naquele momento, aí eu pensei em trazer o Thaciano para dentro e apostei em um mudança mais ofensiva. Se o Thaciano cansasse, quem entraria era o Yago no meio-campo”, pontuou ele.