No ano em que celebrou seu centenário de hegemonia no Campeonato Pernambucano, o Sport acrescentou mais um título à sua vasta coleção. Após o confronto contra o Náutico neste sábado (7), o clube confirmou o seu 44º título estadual.
Este feito o coloca apenas nove títulos atrás da soma das conquistas de seus dois maiores rivais. A análise dos títulos por década também ilustra o amplo domínio do Sport.
Das 11 décadas do Campeonato Pernambucano concluídas desde sua inauguração em 1915, o Sport foi o campeão máximo em seis delas. Na década atual, ainda em curso, o Leão já alcançou sua segunda conquista, empatando com o Náutico.
O Santa Cruz ostentou o maior número de títulos nas décadas de 1930, 1970, 1980 e 2010. Enquanto isso, o Náutico liderou nas décadas de 1950 (empatado com o Sport) e 1960.
Todos os campeões pernambucanos:
- Sport – 44 títulos (1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1925, 1928, 1938, 1941, 1942, 1943, 1948, 1949, 1953, 1955, 1956, 1958, 1961, 1962, 1975, 1977, 1980, 1981, 1982, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2014, 2017, 2019, 2023 e 2024).
- Santa Cruz – 29 títulos (1931, 1932, 1933, 1935, 1940, 1946, 1947, 1957, 1959, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1990, 1993, 1995, 2005, 2011, 2012, 2013, 2015 e 2016)
- Náutico – 24 títulos (1934, 1939, 1945, 1950, 1951, 1952, 1954, 1960, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002, 2004, 2018, 2021 e 2022)
- América – 6 títulos (1918, 1919, 1921, 1922, 1927 e 1944)
- Torre – 3 títulos (1926, 1929 e 1930)
- Tramways – 2 títulos (1936 e 1937)
- Salgueiro – 1 título (2020)
Como foi a conquista do título
O bicampeonato foi assegurado com um empate sem gols contra o Náutico na Arena de Pernambuco, onde o Leão fez valer a vantagem de ter vencido o jogo de ida, nos Aflitos, por 2 a 0.
O título é merecidamente conquistado por uma equipe que se mostrou a melhor ao longo de toda a competição, acumulando oito vitórias, três empates e apenas duas derrotas, alcançando um aproveitamento de 69,2%.
Apesar da necessidade do Náutico de buscar o ataque, foi o Sport quem teve mais iniciativa e as melhores oportunidades na primeira etapa, reiterando o domínio observado no primeiro confronto. O time chegou perto de marcar com duas bolas na trave, uma cabeçada de Rafael Thyere e uma finalização na pequena área por Gustavo Coutinho.
O Náutico, mesmo com o retorno do atacante Paulo Sérgio, ofereceu poucos sustos, não exigindo sequer uma defesa do goleiro Caíque França.
No segundo tempo, o Sport reduziu o ritmo e passou a administrar a vantagem. Isso permitiu ao Náutico tentar uma reação, e finalmente exigiu uma intervenção de Caíque França. Evandro cabeceou aos 10 minutos, e Wendel Lessa tentou um gol olímpico em um escanteio aos 28.
No entanto, foram esforços insuficientes considerando a desvantagem de dois gols. A torcida rubro-negra não quis esperar mais e começou a entoar “bicampeão!” aos 40 minutos. Era o prelúdio de uma celebração que não tinha hora para acabar.