O presidente do Peñarol, Ignacio Ruglio, exigiu da Conmebol uma punição severa ao Rosario Central pelos incidentes ocorridos ao longo da partida entre os dois clubes na última quinta-feira (4). As equipes se enfrentaram em jogo válido pela 1ª rodada da fase de grupos da Libertadores.
Durante o jogo, a torcida local lançou grades de contenção em direção aos visitantes, e o lateral Maxi Olivera foi atingido por uma pedrada, o que representou o episódio mais grave de violência do dia. Ambas as equipes fazem parte do Grupo G, o mesmo do Atlético-MG no torneio continental.
Presidente do Peñarol detona Rosario Central
Em uma entrevista ao canal TyC Sports, o dirigente uruguaio detalhou o tratamento hostil que o clube recebeu durante sua visita a Rosário. Ele também denunciou uma tentativa por parte do Central de esconder o incidente envolvendo a pedra atirada em Olivera:
“Era uma pedra, não um isqueiro. Agarro a pedra rapidamente, e o pessoal do Central vem até mim. Eles começaram com tapas e discussões, mas o grave não era isso, era ter um jogador atingido.”
O mandatário ainda chamou a atenção sobre a gravidade do ato por parte dos torcedores do Rosario Central. “Isso não poderia acontecer. Foi a um centímetro do olho. Se acerta de frente, já era”, completou o presidente do Peñarol.
Em busca de punições graves
O clube uruguaio aguarda as punições e expressa preocupação com um clima ainda mais hostil para o jogo entre as duas equipes na última rodada da fase de grupos da Libertadores, marcado para o dia 28 de maio.
Ignacio Ruglio relatou que a polícia local fez com que a torcida do Peñarol percorresse um caminho muito mais longo para chegar ao Gigante Arroyito.
O presidente do Peñarol criticou o tratamento dado pelo clube rival ao local reservado para os seus torcedores no estádio:
“Isso não parece ser desta época. Nós que somos torcedores dos nossos clubes vivemos as décadas de 1970 e 1980. Mas essa coisa de permitir 2,8 mil pessoas num lugar de 1,5 mil… que alguém tenha permitido essa capacidade, não é compreensível.”
“É preciso ter dois dias de futebol para saber que aquelas grades iam cair”, comentou Ruglio, em referências às grades, que também foram atiradas pelos torcedores do Rosario em direção ao local em que estava a torcida do Peñarol.
“Agora veremos os relatos dos delegados da Conmebol, se eles refletem o que aconteceu conosco. Com base nos relatos, vamos fazer nossa defesa e descrever o que vivenciamos”, completou.
Maxi Olivera se pronuncia
Maxi Olivera passou por exames em um hospital de Rosário na noite de quinta-feira, onde recebeu pontos na região do corte, antes de retornar a Montevidéu. Nas redes sociais, ele expressou sua revolta em relação ao incidente:
“Estou bem! Obrigado pelas mensagens! Apesar da dor e uns pontos no rosto, tudo bem! Doído pelo resultado, que acreditamos que merecíamos mais. Mas com muita raiva pelo péssimo tratamento que nossa torcida recebeu, nossa gente. Uma VERGONHA! Mas todos juntos, vamos lutar em todos os lados!”