O Conselho Deliberativo do Santos se reuniu nesta quinta-feira (4) para votar as contas da gestão do presidente Andres Rueda no ano de 2023.
O ex-mandatário terminou a gestão marcada pelo rebaixamento do Peixe à Série B do Campeonato Brasileiro. Se as contas forem reprovadas, Rueda pode ficar inelegível por 10 anos.
Relatório fiscal será analisado
O relatório do Conselho Fiscal, encarregado do monitoramento das contas do clube, recomenda a reprovação das contas devido a uma “gestão temerária”.
O documento destaca falhas, como o não pagamento ao Krasnodar pela dívida referente à compra de Cueva e o adiantamento de verbas provenientes de placas de publicidade.
Conselheiros do clube afirmam que há um movimento interno pela reprovação das contas, apesar do superávit de pouco mais de R$ 1 milhão em 2023. Eles citam o aumento significativo do endividamento.
Também apontam queda para a Série B, o adiantamento de várias verbas publicitárias e de imagem, além do atraso de pagamentos a jogadores e funcionários no último trimestre do ano passado como motivos para rejeitar as contas.
A possível investigação contra Rueda
Se as contas forem reprovadas, o Santos abrirá uma investigação interna para apurar os fatos. Rueda, como conselheiro nato pelo estatuto do clube, terá o direito de se defender ao longo do processo.
Na possibilidade de reprovação, após o processo de defesa, o Conselho Deliberativo do clube da Vila Belmiro pode tornar Rueda inelegível por até dez anos e, posteriormente, excluí-lo do quadro associativo.
Andres Rueda foi contatado pela reportagem, e informou que aguardará a reunião do Conselho Deliberativo na noite desta quarta-feira antes de se pronunciar sobre o tema.
*Atualização: a reprovação das contas
O Conselho Deliberativo do Santos reprovou por maioria, em votação na noite desta quinta-feira, as contas de 2023, último ano da gestão do presidente Andres Rueda, que terminou com o rebaixamento do Peixe à Série B do Campeonato Brasileiro.
Os conselheiros aprovaram o parecer do Conselho Fiscal, que sugeriu a reprovação das contas por “gestão temerária”. O documento apontou falhas pelo não pagamento da dívida com o Krasnodar pela contratação de Cueva e pelo adiantamento de verbas de placas de publicidade.
A imprensa não pôde acompanhar a leitura do documento e a votação. De acordo com os conselheiros, pesaram alguns pontos como o aumento significativo do endividamento, a queda para a Série B do Brasileirão e outros fatores citados acima.
A investigação
Após a reprovação das contas, a Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) do Conselho poderá abrir uma investigação interna para apurar os fatos. Nesse processo, o ex-presidente Andres Rueda terá o amplo direito à defesa.
Caso seja comprovada a gestão temerária, o Conselho Deliberativo do clube da Vila Belmiro pode tomar medidas mais severas. Primeiramente, pode tornar Rueda inelegível por até dez anos. Em um segundo momento, há a possibilidade de eliminá-lo do quadro associativo.