Depois de receber o adiantamento da transferência de Gabriel Moscardo para o Paris Saint-Germain, o Corinthians agora está em busca de receber R$ 40 milhões.
Os valores são das vendas de Murillo para o Nottingham Forest, da Inglaterra, e Felipe Augusto para o Cercle Brugge, da Bélgica. A decisão seria para reforçar o fluxo de caixa a curto prazo.
A decisão do Corinthians
O clube está em negociações com um fundo de investimento para obter o valor total remanescente das vendas nas próximas semanas. A diretoria tem o objetivo de utilizar esse montante para mitigar as dívidas relacionadas aos direitos de imagem de atletas que já deixaram o clube.
Essa operação de adiantamento guarda semelhanças com o caso de Gabriel Moscardo. O Corinthians conseguiu o valor da transferência por meio de um fundo de investimento, o que resultou na contabilização de mais de R$ 100 milhões em vendas de jogadores no balanço financeiro de janeiro.
Agora, o Corinthians aguarda respostas dos fundos de investimento para obter os valores acordados. No entanto, há uma discrepância na avaliação dos clubes envolvidos, o que pode ocasionar atrasos adicionais no negócio. Ambas as vendas foram realizadas de forma parcelada.
Enquanto o PSG, que possui uma boa avaliação de crédito, permitiu um acordo rápido (em questão de semanas) e o adiantamento do pagamento no início do ano, a situação é diferente com o Nottingham Forest e o Cercle Brugge.
As vendas recentes do Timão
No caso de Murillo, o Corinthians vendeu 80% dos direitos econômicos por 13 milhões de euros (o equivalente a R$ 68,6 milhões). O contrato ainda prevê bônus adicionais de 3 milhões de euros (cerca de R$ 15,8 milhões) caso determinadas metas sejam alcançadas.
Quanto a Felipe Augusto, a venda de 80% dos direitos econômicos foi negociada por 3 milhões de euros (R$ 16 milhões na cotação de dezembro). Além disso, o Corinthians ainda mantém 20% de mais-valia, o que significa que terá direito a uma porcentagem do lucro em caso de uma futura venda do centroavante.
O endividamento do Corinthians
O adiantamento da venda de Moscardo foi fundamental para o clube alvinegro fechar o mês de janeiro com um superávit de R$ 62,7 milhões e liquidar a dívida de direitos de imagem com os atletas do clube.
Entretanto, o endividamento do Corinthians ainda se mantém em um patamar elevado. De acordo com os registros do clube (soma dos passivos menos o ativo circulante e o realizável a longo prazo), o saldo atual é de R$ 910,3 milhões.
Esse número representa um aumento em relação ao valor registrado até agosto de 2023, que era de R$ 892,5 milhões.
Por outro lado, o cálculo adotado pelo GE é diferente do utilizado pelo clube. De acordo com a metodologia do portal, a dívida é calculada somando-se os passivos e subtraindo-se as receitas a realizar e o montante disponível em caixa. Com base nesses critérios, a dívida do Corinthians atinge a cifra de R$ 1,32 bilhão.
É importante observar que ambas as contas não incluem o valor do financiamento da Neo Química Arena. O saldo atualizado do Corinthians com a Caixa Econômica Federal é de R$ 706 milhões.