Ídolos do clube em reta final de contrato, o Corinthians enfrenta uma situação familiar em 2024. Depois de uma ampla reformulação ao final da última temporada, o time paulista viu a saída de Gil, Giuliano e Renato Augusto.
A situação, porém, não mudou. O Timão novamente se vê diante da decisão de manter ou liberar alguns de seus veteranos que são referências no elenco.
Situação de jogadores é problema para o Corinthians
O goleiro Cássio, o lateral Fagner e o volante Paulinho, todos multicampeões pelo clube, estão se aproximando do fim de seus contratos.
O volante é o que apresenta a situação mais urgente a ser resolvida. Seu vínculo com o Corinthians termina em apenas 87 dias, no final de junho. Enquanto isso, o contrato do goleiro e do lateral se estende até dezembro.
Paulinho
Augusto Melo, empossado como presidente do Corinthians no início deste ano, renovou o contrato de Paulinho logo no início de sua gestão. Na época, porém, a decisão não envolvia muitas deliberações.
O jogador estava em processo de recuperação de uma cirurgia no joelho e, conforme a legislação, o clube era obrigado a estender o vínculo até que ele estivesse apto a retornar aos jogos.
O Corinthians optou por fechar um contrato de curto prazo com o volante, válido por apenas seis meses. A intenção era avaliar o desempenho de Paulinho em campo e fora dele. O jogador concordou em reduzir o salário.
Aos 35 anos, o veterano retornou à ação na semana passada após ficar dez meses inativo. Ele entrou no segundo tempo do amistoso contra o Londrina.
Embora o retorno técnico de Paulinho ainda seja discutido internamente, o volante tem recebido muitos elogios por sua liderança e dedicação nos treinamentos. Ele é visto como uma influência positiva para os jogadores mais jovens.
A diretoria do Corinthians aguarda uma reunião com os representantes de Paulinho (ele é agenciado pela empresa de Giuliano Bertolucci), mas a tendência atual é renovar o contrato pelo menos até o final do ano.
Fagner e Cássio
A direção do Corinthians entende que ainda não é o momento adequado para iniciar as tratativas com a dupla de ídolos.
Embora o goleiro e o lateral possam assinar pré-contratos com qualquer clube a partir de julho, a definição sobre a permanência ou não deles deve ser adiada para mais tarde na temporada.
Cássio, atualmente com 36 anos, e Fagner, de 34, são titulares incontestáveis da equipe, mas enfrentam críticas de alguns torcedores e até mesmo de pessoas influentes na diretoria, como conselheiros.
Em todos esses casos, há a compreensão de que as conversas precisam ser conduzidas com cuidado para preservar a idolatria que esses jogadores têm junto ao clube.
O caso de Cássio é especialmente delicado, visto que ele está próximo de se tornar o jogador com mais partidas pelo clube e foi fundamental na conquista de diversos títulos na década passada, como a Libertadores, o Mundial e os Brasileiros, entre outros.
A última renovação de contrato de ambos foi no início de 2022.
Apesar da relação estremecida entre o agente Carlos Leite e a nova diretoria do Corinthians, o empresário garante que não permitirá que isso afete a condução das carreiras de seus clientes no clube.
Tanto Cássio quanto Fagner são representados por Leite, que entrou em litígio com o Corinthians no início do ano, buscando na Justiça o pagamento de R$ 62,5 milhões que o clube lhe deve.