Dono da SAF do Botafogo, John Textor desembarcou na tarde desta quarta-feira no Brasil acompanhado pelo novo técnico da equipe, Artur Jorge. Após a sua chegada, o empresário seguiu diretamente para a Cidade da Polícia, onde prestou depoimento por três horas.
Em seguida, o empresário norte-americano se dirigiu ao Estádio Nilton Santos, onde chegou durante o intervalo da partida em que o Botafogo foi derrotado pelo Junior Barranquilla por 3 a 1.
Textor fala sobre as provas que tem
Ao entrar no estádio, concedeu uma entrevista exclusiva à TV Globo, reiterando que possui “provas completas” de manipulação de resultados no futebol brasileiro.
“Eu fui à delegacia, comecei o processo, entreguei provas, dei meu depoimento. Eu tenho muito mais provas do que um relatório da Good Game!. (…) É um dia maravilhoso”, começou Textor.
“Falei com investigadores independentes e razoáveis que não pareceram estar torcendo por clube nenhum. É muita informação, são meses de coleta de dados. É muito o início de um processo muito saudável”, completou o dono da SAF do Botafogo.
Empresário fala sobre a investigação
A Good Game! é uma empresa francesa contratada por Textor para analisar jogos do Brasileirão. O empresário elogiou o trabalho da companhia e ressaltou que considera fundamental a utilização da inteligência artificial no processo:
“Essa empresa é uma das que têm maior credibilidade nessa área no mundo. Eles estavam aqui antes de eu chegar, olharam dois anos de dados antes de eu conhecê-los. (…) Vocês deveriam olhar o nome da minha empresa que se tornou Fubo, foi a empresa em que ganhei dinheiro para poder comprar um clube”
“O nome da empresa era Evolution AI Corporation (Evolução Inteligência Artifical). Se vocês não queriam mudança, não trouxessem um cara que fez seu dinheiro com inteligência artificial”, completou o dono da SAF do Botafogo.
Críticas ao STJD
Textor fez críticas ao STJD, que o denunciou e exigiu a exibição de provas, o que ainda não ocorreu. Nesta quarta-feira, o tribunal deu prazo de três dias para o norte-americano mostrar as evidências que diz ter contra jogadores de Fortaleza e São Paulo.
“Estou tentando há muito tempo entregar provas para pessoas que se importam com isso. Eu mandei para o STJD, eles continuam falando que eu não entreguei provas. Eu entreguei há semanas provas completas de manipulação de resultados”, comentou ele.
“Os nomes foram omitidos para proteger a identidade dos jogadores envolvidos. Eu me importo com a lei. Se alguém está envolvido num escândalo de manipulação, essa pessoa também tem direitos. Não consigo entender como o STJD, que tem processos não confidenciais, continua pedindo provas”, completou Textor.
Resposta ao Palmeiras
Na noite de segunda-feira (1), o empresário publicou em seu site uma nota oficial na qual diz ter provas de manipulação por parte de jogadores em duas partidas do Brasileirão: Palmeiras 5 x 0 São Paulo, em 2023; e Palmeiras 4 x 0 Fortaleza, em 2022.
As diretorias dos dois clubes paulistas citados prometeram processar Textor, que reagiu na quarta-feira:
“Eu deixei muito claro que não fiz acusações sobre a Leila, ela deveria parar de se comportar como se estivesse sendo atacada. Eu não fiz acusações sobre o Palmeiras. Quando as pessoas manipulam esses jogos, pela visão do computador, eu posso provar como, mas eu não posso provar por quê. Eu não sei quem paga quem ou se estão fazendo isso de graça.”