O começo de 2024 trouxe desafios diferentes para Weverton com a camisa do Palmeiras. Habitualmente uma unanimidade no gol do Verdão nos últimos anos, o goleiro enfrentou momentos turbulentos após algumas falhas e críticas por não ter defendido nenhum pênalti na final da Supercopa do Brasil contra o São Paulo.
Momento de oscilação
Pela primeira vez nesta temporada, Weverton admitiu publicamente ter passado por uma oscilação, que inclusive o afastou da primeira convocação de Dorival Júnior para a seleção brasileira. No entanto, ele tem enfrentado esse momento de cabeça erguida:
“Eu sou ser humano em primeiro lugar, não sou máquina. E todo jogador passa por isso. Para mim não é diferente, eu não queria isso. Eu sempre quis a regularidade, os bons jogos que sempre fiz. Mas a vida tem disso. O que eu não posso é desistir e nem muito menos acreditar naquilo que as pessoas falam mal de mim.”
“É ter tranquilidade. Não é porque joguei Copa do Mundo, ganhei duas Libertadores que as coisas ruins às vezes não vão acontecer comigo”, completou o goleiro palmeirense.
O goleiro destacou o que precisa para as próximas partidas:
“O mais importante é ter tranquilidade, continuar trabalhando. Com trabalho, dedicação e renúncias tudo se supera e eu procuro superar. Hoje eu também pude dar minha contribuição. Daqui para frente é olhar para a final. Acho que o que ficou para trás, ficou para trás. Eu sei da minha responsabilidade e é seguir e ajudar o Palmeiras e meus companheiros a fazer bons jogos.”
Classificação passou pelas mãos do goleiro
Weverton foi fundamental na classificação do Palmeiras para a final do Campeonato Paulista na última quinta-feira (28). No primeiro tempo, quando o Verdão não estava jogando bem, o goleiro fez pelo menos duas defesas difíceis e garantiu que a meta não fosse vazada.
É dentro de campo que o jogador tem respondido às críticas de alguns torcedores, especialmente nas redes sociais. Ele abordou os ataques que recebe e compartilhou sua visão sobre a postura do clube diante dessas situações.
“Sempre tem o jogo seguinte, não é fácil. Hoje eu acho que mais do que nunca o Palmeiras se posiciona de uma forma que nos traz orgulho. A cobrança é natural, vestimos uma camisa muito pesada e a cobrança sempre vai existir. Mas o ódio, a intolerância, o desrespeito, a ameaça, isso tudo já estamos saturado, ninguém aceita mais”, disse Weverton.
O peso de atuar pelo Palmeiras
O goleiro destacou que entende o peso de vestir a camisa do Palmeiras:
“A gente entende onde a gente joga, o peso que carrega, a gente entende a cobrança que tem, a pressão por títulos, vitórias, jogar bem. Faz parte da nossa vida. A gente quer um basta, respeito, compreensão, quer mais amor, a gente não quer só mais desculpas, mas atitude.”
Weverton também falou sobre a internet. “A rede social falam que é terra sem lei, mas só se você deixar que ela seja. Eu, de todo coração, sei quem eu sou e isso é suficiente para eu continuar trabalhando”, destacou o jogador.
A final do Paulistão tem sido a principal motivação para Weverton afastar qualquer tipo de contestação e manter-se como titular, evitando a sombra de Marcelo Lomba, o goleiro reserva que tem mostrado qualidade sempre que é acionado durante as partidas.
“O homem não é reconhecido somente pelas coisas que ele faz, mas pelas coisas que ele suporta. Acho que isso também é uma oportunidade de crescimento, amadurecimento”, destacou.
O goleiro falou sobre as críticas:
“A crítica ninguém quer, mas ela nos fortalece, nos leva para frente e é isso que está acontecendo comigo. Meu desejo é melhorar, andar sempre para a frente, dar alegria ao torcedor que sempre me respeitou e me tratou com carinho.”