O Santos enfrenta um obstáculo na regularização de duas contratações para sua equipe sub-20: o volante venezuelano Nicola Profeta e o meia colombiano Alejandro Villareal.
Ambos estavam registrados em suas federações pelo Deportivo Cali, da Colômbia, com vínculos de jogadores amadores.
Dessa forma, isso impedirá o Peixe de inscrevê-los como profissionais no Brasil até a abertura da próxima janela de transferências, prevista para o meio do ano.
Jogadores assinarão contratos profissionais
Os dois jogadores, ambos de 18 anos, irão assinar contratos profissionais com o Santos. No entanto, devido à necessidade de abertura da janela de transferências, o trâmite ficou suspenso.
O Santos alega que, ao contratá-los, foi informado pelo empresário de que ambos já possuíam vínculos profissionais, o que deveria agilizar o processo.
No entanto, a situação se arrastou e nenhum dos dois conseguiu ser registrado a tempo. O Santos foi informado posteriormente de que os atletas tinham, de fato, um contrato profissional que não foi formalmente registrado pelo time colombiano, ficando “engavetado”.
Diante disso, a diretoria santista decidiu não efetuar o pagamento dos salários dos jogadores até que a questão seja completamente resolvida.
O Santos está na expectativa de que o agente assuma a responsabilidade pelos salários da dupla até o mês de julho, quando se espera que sejam regularizados devidamente, uma vez que o erro não foi cometido pelo clube.
Quem são os novos reforços
Profeta tem experiência nas seleções de base da Venezuela e, com dupla nacionalidade, estava no time sub-20 do Deportivo Cali, da Colômbia. Curiosamente, o jogador também disputou algumas partidas pela seleção colombiana de base.
Embora seja um volante por natureza, ele possui versatilidade para atuar como meia avançado ou até mesmo como zagueiro. O jovem talento poderá ser aproveitado ao longo da temporada pelo técnico Fábio Carille.
O outro reforço é o meia Villareal, que também estava no Deportivo Cali e chega inicialmente para reforçar a equipe de base, mas com perspectivas de ser testado, pelo menos, nos treinos com o time principal.
Ambos foram contratados sem custo algum, de acordo com informações do Santos.
O julgamento de Otero
O meia Otero, jogador do Santos, está programado para ser julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) na quarta-feira (27), devido à sua expulsão durante as quartas de final do Campeonato Paulista.
O venezuelano recebeu um cartão vermelho direto por falta cometida no meia Giovanni Augusto, da Portuguesa, aos 27 minutos do segundo tempo.
Na súmula, o árbitro Raphael Claus descreveu que Otero foi expulso por atingir o adversário “com as travas da chuteira no tornozelo, torcendo o mesmo e colocando em risco a integridade física de seu adversário”.
O jogador foi enquadrado no artigo 254, inciso I, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de praticar jogada violenta, definida como “qualquer ação cujo emprego da força seja incompatível com o padrão razoavelmente esperado para a respectiva modalidade”.