Na lista dos convocados de Dorival Júnior para a Seleção Brasileira, Richarlison abriu o jogo sobre como tem sido o começo do treinador no Brasil. O ex-São Paulo assumiu os comandos no início do ano.
Além disso, durante a entrevista coletiva nesta terça-feira (19), o centroavante do Tottenham também comentou sobre como é vestir a camisa 9 da Seleção Brasileira e como é ser exemplo na Amarelinha.
Richarlison é o camisa 9
O jogador relembrou uma polêmica em que falou ser o “dono’ da Seleção Brasileira. De acordo com ele, as suas falas não foram na maldade:
“Muitas pessoas viram uma arrogância, mas não fui na maldade, eu falei porque naquele momento eu era um dos artilheiros do ciclo, eu e o Neymar, e estava confiante. É claro que não estava vivendo um grande momento, talvez minha fala foi pesada porque eu não estava vivendo um grande momento, pesou para mim e as pessoas acharam arrogante.”
Porém, o assunto ficou no passado, de acordo com o jogador. “Faz parte do futebol, hoje estou de volta, espero fazer o meu melhor possível, é muito bom estar nesse começo de ciclo do professor Dorival. Espero ajudá-lo e também toda a seleção”, afirmou.
Richarlison disse que entende o peso de vestir a camisa da Seleção:
“Não me arrependo de nada. Ao mesmo tempo quando fui para as Olimpíadas eu vesti a camisa 10, dei conta do recado e ninguém falou nada. Não me arrependo de nada. Aqui na Seleção eu jogo com qualquer camisa, já joguei com a 21, a 7… Para mim, não interessa a camisa, o que importa é estar em campo honrando a camisa, é o que vou buscar fazer sempre.”
Ser exemplo
Em outra resposta, Richarlison abriu o jogo sobre a responsabilidade de ser exemplo para os mais novos:
“É uma responsabilidade muito grande. Eu mesmo carrego uma imagem muito forte, as crianças gostam muito de mim. Eu procuro sempre andar na linha, no caminho certo, para não decepcionar meus fãs, as crianças, sei a responsabilidade que carrego de estar vestindo essa camisa e estar em um grande clube na Inglaterra. Procuro sempre estar em alto nível, andando na linha.”
O jogador, inclusive, vai bater a marca de 50 jogos com a camisa da Seleção Brasileira. “Eu fico muito feliz de estar alcançando essa marca com a camisa da Seleção. Poucos jogadores tem números tão expressivos”, apontou ele.
“Eu acho que tenho 20 gols fora as Olimpíadas. É uma marca expressiva, mas não quero parar por aqui, quero mais. Próxima marca são os 100 jogos e por aí vai. Estou muito feliz, espero continuar assim, evoluindo com essa camisa e conquistando vários títulos, que é importante”, completou Richarlison.
O começo do ciclo de Dorival
Por fim, o jogador revelou como tem sido o começo de trabalho de Dorival Júnior. “Ele esteve no CT do Tottenham, viu como é a estrutura lá, conversou com nosso treinador. O estilo de jogo do Dorival e do nosso treinador é parecido, um estilo agressivo, ele gostou muito”, disse.
O atacante destacou alguns pontos positivos do primeiro contato com o treinador:
“Essa aproximação com jogadores daqui, da Europa, nos dá uma confiança também. Ele veio, conversou com a gente olho a olho, eu falei para ele que a seleção, para mim, vem em primeiro lugar. É Deus no céu e a seleção na terra. Essa confiança eu passei para ele. É início de ciclo, muito bom estar nesse começo, espero que a gente possa construir uma seleção vitoriosa.”
Richarlison também contou que o elenco está entendendo o esquema dele. “A gente já pegou um pouco o esquema dele, é um pouco parecido com o do professor Tite, o perde pressiona, as movimentações…”, contou.
“Ele me explicou também como quer que um camisa 9 jogue com ele. A gente está se aproximando. Como falei, estou aqui para ajudar a Seleção e a comissão no que for possível”, finalizou ele.