A relação de Andreas Pereira com a Seleção Brasileira sempre esteve presente, seja no coração ou na pele, como evidenciado pela tatuagem “gigante pela própria natureza”. No entanto, foi necessário viver o dia a dia do futebol brasileiro para fortalecer ainda mais essa conexão, mesmo com o assédio da Bélgica.
De volta à Seleção após seis anos, Andreas Pereira não tem dúvidas em afirmar que o turbilhão de emoções vivido com a camisa do Flamengo teve impactos que vão além do campo.
Pressão por resultados
De querido da torcida rubro-negra pelo início arrasador aos questionamentos por conta do erro na final da Libertadores, o meia passou por altos e baixos, sofrendo e amadurecendo ao longo de um ano que o transformou, preparando-o para um retorno em alto nível à Premier League.
No Fulham, encontrou estabilidade e oportunidades, realizando o sonho de ser convocado novamente para defender o Brasil, agora ainda mais conectado com o futebol nacional.
“Ter responsabilidade foi uma coisa que aprendi muito no Brasil, no Flamengo. Carregar sua responsabilidade, ser cobrado, viver o céu e o inferno. Foi difícil, sim, mas fiquei mentalmente mais forte. Isso me ajudou a me fortalecer, voltar a jogar na Europa e buscar essa vaga na Seleção”, destacou Andreas Pereira.
O jogador, por outro lado, entende a responsabilidade e revelou que compreende as cobranças do torcedor:
“O mais importante é isso, a gente buscar nossa responsabilidade, saber que o torcedor brasileiro vai cobrar e tem todo o direito de cobrar. A gente está representando o Brasil, a maior seleção do mundo, e com isso vem uma responsabilidade imensa. Eu sei da minha responsabilidade, sei o que tenho que fazer aqui, como grupo vamos entregar todos juntos.”
A maturidade do jogador
A maturidade no discurso de Andreas vai além das adversidades enfrentadas. Sua performance consistente com a camisa do Fulham justifica a convocação tão esperada por ele e sua família.
As recusas aos convites da Bélgica refletem a convicção que o ajudou a superar desafios, como uma grave lesão no tornozelo na temporada passada.
“Eu não tenho palavras para dizer como é importante para mim e minha família (voltar à Seleção). Todo mundo sabe o que passei no Flamengo, como foi difícil também minha lesão no Fulham. Para mim, é muito gratificante”, contou ele.
O jogador contou que chegou a receber uma visita de Dorival Júnior e revelou que o treinador passou a confiança que sente por seu futebol:
“Estou sendo acompanhado, monitorado, fiquei feliz pela visita do Dorival, que conversou com a gente, é importante para mim e para a confiança de todo jogador. Essa convocação foi imensa, é um sonho se tornando realidade, estou aqui para defender o Brasil da melhor forma.”
O retorno à Seleção acontece em um momento crucial, marcando o reinício de um ciclo sob o comando de Dorival Júnior. O primeiro dia em Londres foi dedicado a reuniões para definir diretrizes e alinhar expectativas, visando a caminhada até a Copa de 2026:
“Eles passaram para a gente exatamente isso, sabemos o que temos que fazer, se unir como grupo, todo mundo focado tem um objetivo. Cada um sabe da sua responsabilidade, vai ter que fazer sua parte, isso foi a primeira conversa que tivemos com Rodrigo e Dorival. Todo mundo está alinhado e focado nisso.”