Lucas Paquetá, que é um dos convocados da Seleção Brasileira, falou, mas não entrou em detalhes sobre a investigação da Federação Inglesa envolvendo supostas irregularidades em apostas.
Depois de seis meses, o meio-campista do West Ham foi convocado novamente e foi questionado sobre os possíveis riscos e impactos em sua carreira devido ao episódio.
No entanto, ele afirmou que não tem autorização para se posicionar publicamente sobre o assunto. “Na verdade, eu fui instruído a não comentar sobre esse assunto, mas já são sete meses desde que isso aconteceu e eu estou cooperando ao máximo”, falou Paquetá brevemente sobre o assunto.
Retorno de Paquetá para a Seleção Brasileira
De volta à Seleção após nove meses, Paquetá foi preterido por Fernando Diniz nos seis primeiros jogos das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026 por conta da denúncia do órgão fiscalizador Sports Radar.
No entanto, o West Ham continuou a utilizá-lo regularmente, o que foi o principal argumento para que Dorival Júnior o reintegrasse à seleção brasileira.
Paquetá comentou sobre sua relação próxima com Dorival desde que trabalharam juntos em 2018, destacando também como tem isolado os problemas relacionados à investigação para manter seu alto rendimento em campo.
“Estou muito feliz. Trabalhei com o professor Dorival no meu final no Flamengo, foi uma experiência incrível. Estou feliz pela convocação, o reconhecimento do meu trabalho. Estar na Seleção sempre foi meu sonho, o sonho de toda criança. Por retornar, me sinto ainda mais privilegiado”, contou.
Paquetá apontou que vem tentando fazer com que nada o atrapalhe dentro de campo. “São momentos que acontecem. Tenho feito meu trabalho bem feito no meu clube, tenho me divertido. Procuro não deixar nada de fora me atrapalhar em campo. Sigo feliz, fazendo meu trabalho. Espero continuar assim“, apontou.
Com o aval da CBF para tomar a decisão que julgasse pertinente sobre o tema, Dorival fez questão de ouvir pessoalmente de Paquetá relatos sobre o que estava acontecendo em sua carreira.
Os dois se encontraram durante a passagem de Dorival pela capital inglesa em fevereiro, e o jogador esclareceu todos os pontos relacionados à denúncia.
A decisão da comissão técnica é de que enquanto Paquetá estiver em atividade e não houver provas que indiquem qualquer irregularidade, ele seguirá apto para convocações normalmente.
Na percepção de Dorival, deixar de convocar um jogador com a relevância de Lucas Paquetá, titular na última Copa do Mundo, seria uma punição não apenas ao atleta, mas também à própria seleção brasileira.
A investigação em Paquetá
Toda a fundamentação para a investigação foi baseada em um relatório apresentado pela Sports Radar, órgão fiscalizador de atividades suspeitas, à FA. A denúncia envolveu os jogos entre West Ham x Aston Villa, no dia 12 de março, quando Lucas Paquetá recebeu um cartão amarelo aos 25 minutos do segundo tempo, Leicester x West Ham, no dia 28 de maio, ambos da temporada passada, e Bournemouth x West Ham, no dia 8 de agosto, na abertura da edição atual da Premier League.
É comum que as entidades monitorem as denúncias recebidas e tomem medidas de investigação ao término das temporadas. No entanto, até o momento, não há sinalização da FA com provas que estejam diretamente ligadas a Paquetá, como interceptações telefônicas, documentos ou mesmo especificação dos aportes financeiros. Essa conduta difere, por exemplo, da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em 2023 no futebol brasileiro.
Os impactos imediatos do vazamento da investigação também foram abordados nos questionamentos à FA. O episódio se tornou público após o Manchester City ser comunicado e encerrar a negociação milionária para comprar Paquetá do West Ham, que recusou uma proposta inicial de 70 milhões de libras (aproximadamente R$ 437 milhões).