O técnico Eduardo Baptista enfatizou que a classificação do Novorizontino para as semifinais do Campeonato Paulista, ao eliminar o São Paulo no Morumbis, não foi por acaso.
Em uma entrevista coletiva após o jogo, o treinador do Novorizontino revelou que vinha estudando o São Paulo desde o início da competição, projetando um possível encontro nas quartas de final.
Eduardo Baptista revela ‘estudo’ sobre o São Paulo
Além disso, ele destacou ter dado muita ênfase aos treinos de pênaltis durante a semana, especialmente com atenção ao comportamento do goleiro Rafael.
“Conversamos bastante e estudamos o São Paulo praticamente desde o início do Campeonato Paulista. Sabíamos da possibilidade de enfrentá-los. Estudamos muito a parte técnica e o goleiro deles, que é de Seleção, qualificado e pegador de pênaltis. O que fizemos foi trabalhar”, disse.
“É claro que nos pênaltis é ter tranquilidade, calma, mas se você ver os que bateram, são jogadores experientes e que já passaram por situações parecidas. Mais que isso, treinamento”, contou o treinador, que revelou mais informações sobre as cobranças de pênaltis:
“Todos os dias da semana treinamos, repetimos, variamos os nossos goleiros, passamos informações da postura do Rafael nos pênaltis e nossos goleiros nos ajudaram. Foi trabalho. Tem a parte mental, mas eu fui pelos mais experientes. E ter treinado e estudado fez a diferença.”
Sem surpresas
Baptista acredita que a postura de sua equipe não surpreendeu o São Paulo, especialmente considerando as vitórias do Novorizontino sobre Corinthians e Santos na primeira fase do estadual:
“O resultado é imenso. Sabemos das nossas dificuldades, mas às vezes escutamos que o time é pequeno. E falo para os meus atletas que o pequeno está na cabeça. Embora o time seja menor, o pensamento tem de ser grande. Conversamos bastante durante a semana que vencemos Corinthians e Santos fora.”
“Talvez tenhamos surpreendidos e eles não esperavam um Novorizontino como se portou. Hoje seria um jogo diferente, pois o São Paulo estaria esperando e teríamos que surpreender de outra maneira. É muito bom quando aliamos o nosso discurso às ações em campo”, completou.
Desfrutar do resultado
O técnico do Novorizontino falou sobre saborear o resultado da vitória, mas ressaltou que o foco agora se volta rapidamente para a semifinal:
“É uma classificação emblemática diante de um São Paulo muito forte, 60 mil pessoas, um estádio quente e soubemos ser frios. Ficamos felizes, mas ainda tem jogo, temos uma semifinal. Mas temos de saborear. É um projeto que começa em novembro de 2022 na Série A2 e esse mesmo time que subiu da A2 hoje está na semifinal do Campeonato Paulista. É um projeto muito forte, sério e, pelo bem do futebol, esse tipo de projeto tem que ser vencedor.”
Eduardo Baptista revela a sensação de êxtase com o triunfo diante do São Paulo:
“Uma sensação de felicidade. Agora é aquele êxtase. Tínhamos um desafio muito grande e você vir para cá, da maneira como foi o jogo, todo o ambiente, saímos cheio de orgulho dos jogadores, que se entregaram, correram e entenderam o nosso propósito. Hoje é curtir, saborear tudo isso, mas sigo dizendo que temos uma semifinal, temos de nos preparar e começar tudo de novo para que sejamos muito fortes.”
Partida foi equilibrada
Eduardo Baptista considerou a partida equilibrada e afirmou que sua equipe foi competente na proposta de jogo de neutralizar os principais talentos individuais do adversário.
Ele também declarou que o Novorizontino soube tirar proveito do ambiente. Durante o jogo, a torcida são-paulina protestou algumas vezes contra o técnico Thiago Carpini.
– Entendo que nos dois tempos conseguimos neutralizar o São Paulo. Tínhamos uma proposta de deixar os seus principais jogadores longe do nosso gol. Conseguimos manter o São Paulo longe do nosso gol e esse foi o grande diferencial. Temos uma linha que marca muito forte e, se ela ficar longe do nosso gol, facilita nossas ações. Tivemos boas situações com bola no primeiro tempo e no segundo tempo era natural que o São Paulo viesse para cima, mas mesmo assim criamos algumas situações.
– Vejo um jogo equilibrado. O Novorizontino veio aqui e não ficou somente atrás, soube equilibrar o jogo. Quando teve a bola jogou e dificultamos bastante. O São Paulo tem um volume muito alto de jogadores entre as linhas e conseguimos neutralizar bem. E aproveitamos o ambiente também e conseguimos o empate. Aí nos pênaltis é loteria e competência.