O São Paulo foi eliminado do Campeonato Paulista após perder nos pênaltis para o Novorizontino neste domingo (17), no Morumbis, após um empate em 1 a 1.
Com isso, o Tricolor se despediu da primeira competição da temporada, e o técnico Thiago Carpini foi alvo de críticas de torcedores nas arquibancadas, sendo chamado de “burro”. Em uma entrevista coletiva, o treinador afirmou compreender a insatisfação.
Carpini fala sobre descontentamento com eliminação
Thiago Carpini, também descontente com a eliminação do São Paulo, lamentou que sua equipe não tenha alcançado o objetivo de avançar para a semifinal do Campeonato Paulista:
“Entendemos a frustração do torcedor, que é a mesma que a nossa e de todos no vestiário. É só o começo do trabalho. Tivemos dois meses com altos e baixos já. A eliminação é dura, o torcedor fez sua parte, mas não conseguimos o objetivo, que era o de todos nós. As decisões importantes estão apenas começando. Tirando o que ocorreu hoje, não acho que tenhamos um saldo negativo.”
O treinador destacou alguns desfalques no elenco do São Paulo. “Hoje não tivemos Calleri, perdemos o Ferreira. Isso tem sido rotina, mas entendo as críticas. É a profissão que eu escolhi, preciso lidar com isso”, disse ele.
“Não era a maneira que eu gostaria de me despedir do Estadual, mas é só o início do trabalho. Há muitos ajustes a serem feitos e vamos seguir”, completou Carpini.
James Rodríguez não bateu pênalti
Chamou a atenção na eliminação do São Paulo o fato de o meia James Rodríguez, um dos jogadores mais experientes do elenco, não ter cobrado um dos pênaltis. Thiago Carpini explicou que os jogadores que estavam mais confiantes foram os escolhidos para a cobrança. Michel Araujo e Diego Costa foram os responsáveis pelos chutes desperdiçados.
“Em relação aos pênaltis, nós temos um relatório do que trabalhamos na semana com o percentual de cada um, mas no dia a gente também ouve o feedback do atleta, por estar seguro ou não, e temos que levar isso em conta também, se o atleta está à vontade ou não”, destacou.
De acordo com o treinador, James não pediu para não bater. “Só que outros atletas se manifestaram antes sobre bater, esperamos a manifestação dos atletas e seguimos assim. Gostaria de exaltar a personalidade do Diego, que quis bater. Erramos todos e caímos de pé, convictos com o que foi feito”, contou.
Respaldo dos atletas e substituições
Outro assunto abordado pelo treinador foi em relação ao respaldo que vem tendo do elenco do São Paulo. De acordo com ele, isso dá mais tranquilidade para seguir no comando do Tricolor. “Claro que ter o respaldo dos atletas dá mais tranquilidade, mas eu sei disso independentemente de hoje, sei do apoio deles”, contou.
“Sei que voltaremos aqui em outro momento melhor, com perguntas diferentes. Estou tranquilo e seguro. A minha responsabilidade é essa. Não é pressão de deixar ou não o cargo, eu me sinto confiante e confortável, não cheguei aqui à toa. Venho construindo isso, que bom que tive essa oportunidade, e vou valorizar os momentos de vitória”, completou.
Sobre as substituições, o treinador destacou alguns dos motivos:
“Eu não quis tirar a profundidade com a saída do Ferreira. O Erick continuaria dando essa profundidade, com leveza. Gostaria de ter feito as mexidas no segundo tempo um pouco antes, mas eu só tinha mais duas mexidas e precisei postergá-las. Depois, queria mais ofensividade, com Michel fazendo a ala. Terminamos o jogo com um time ofensivo e capacitado.”