O Vasco emitiu um comunicado nesta quarta-feira (12), expressando sua crítica em relação à decisão de realizar a partida contra o Nova Iguaçu, válida pela semifinal do Campeonato Carioca, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e não no Maracanã.
Em um trecho do comunicado, o Vasco enviou uma mensagem à dupla Flamengo e Fluminense, que compartilha a administração do consórcio do Maracanã, expressando: “Esses poucos nobres, encastelados, não percebem o dano que causam ao campeonato e ao espetáculo, afastando o torcedor de um dos maiores palcos do esporte”.
Nova Iguaçu tenta mudança para a partida
O Nova Iguaçu, na condição de mandante da partida, solicitou ao consórcio a possibilidade de jogar no Maracanã, porém, não obteve resposta.
A Federação do Rio de Janeiro comunicou que aguardou “até o limite máximo operacional” e, consequentemente, definiu o Estádio Raulino de Oliveira como local para a realização da partida.
Nova Iguaçu e Vasco se enfrentarão no domingo, às 16h (horário de Brasília). O clube da Baixada terá a vantagem do empate por ter se classificado em segundo lugar na Taça Guanabara.
No confronto de ida, realizado no Maracanã, as equipes empataram em 1 a 1, o que deixou a disputa ainda mais equilibrada para o jogo de volta.
A nota do Vasco contra a Ferj
“Um Maracanã de poucos faz mal ao futebol. É, no mínimo, lamentável a dificuldade em se jogar no estádio.
Esses poucos nobres, encastelados, não percebem o dano que causam ao campeonato e ao espetáculo, afastando o torcedor de um dos maiores palcos do esporte.
Por que não, então, uma gestão compartilhada? Por que não? Estamos dispostos a administrar com todos e para todos.
Pelo bem do futebol, do Rio e por um #MaracanãParaTodos”.
A briga pelo Maracanã
A discórdia entre as equipes teve início momentos antes da primeira partida da semifinal, quando a camisa do Vasco exibindo a frase “Maracanã para Todos” provocou irritação no Flamengo e Fluminense, os permissionários da concessão provisória do estádio.
A surpresa causada pela iniciativa vascaína gerou tumulto nos corredores do estádio. O vice-presidente de competições da Federação de Futebol do Rio, Marcelo Vianna, tentou intervir para que a diretoria vascaína reconsiderasse a ideia, preocupado com possíveis problemas para o segundo jogo da semifinal.
Nesta quarta-feira, tanto o Nova Iguaçu quanto o Vasco protestaram contra o veto em relação ao uso do Maracanã. O clube da Baixada Fluminense, que será o mandante na semifinal do próximo domingo, destacou que fez a solicitação para utilizar o Maracanã junto ao consórcio na última segunda-feira (11).
No entanto, até as 12h desta quarta-feira, não havia recebido resposta, o que levou a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) a orientar o clube a indicar outro estádio para a realização da partida.
Nas redes sociais, na noite desta quarta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se manifestou e afirmou que não houve qualquer veto por parte do governo em relação ao uso do Maracanã. Ele garantiu que o estádio está à disposição para a partida de domingo entre Nova Iguaçu e Vasco:
“Torcedor vascaíno, queria fazer um esclarecimento importante. Em primeiro lugar, não há, nunca houve e não vai haver nada contra o Vasco vindo do Governo do Estado. No último domingo, me ligaram para avisar que o Vasco entraria em campo com a camisa escrita “Maracanã para todos”. Avisei à FERJ que o governo não tinha nada a ver com isso. No dia seguinte, me ligam o deputado Anderson Moraes e o presidente do Nova Iguaçu falando que o Nova Iguaçu gostaria de jogar no Maracanã. Eu disse que era bem-vindo o jogo, que estava liberado para jogarem. Não sei o motivo de adiarem o jogo. Quero garantir para você, torcedor do Vasco e do Nova Iguaçu e para as duas diretorias, que o Maracanã está à disposição de qualquer jogo. Se a FERJ e o mandante quiserem fazer o jogo lá, podem fazer.”