A seleção brasileira se reunirá a partir da próxima segunda-feira (11) em Londres, com a esperança de reescrever uma nova história. Após um 2023 marcado por resultados que estão entre os piores de todos os tempos, com cinco derrotas em nove jogos e um aproveitamento de apenas 37%, Dorival Júnior assume a responsabilidade pelo ciclo até 2026.
Enquanto isso, presidente da CBF, responsável por cuidar da Seleção e outras competições, Ednaldo Rodrigues muda uma rota que se mostrou equivocada.
Não foi um tempo perdido
O presidente da CBF, por sua vez, não considera o ano passado como tempo perdido. Apesar da Seleção estar na sexta colocação nas eliminatórias e ter estabelecido marcas negativas, como o recorde de três derrotas consecutivas – a primeira para a Colômbia em competição e a primeira como mandante – o dirigente fez a seguinte análise:
Não entendo como tempo perdido, porque também tiramos lições do que não deu certo. Temos que acreditar e seguir em frente com as mudanças. – Temos um ciclo de mais de dois anos até a Copa do Mundo. É um tempo suficiente para reverter toda essa situação.”
“Na própria Seleção, vimos ciclos com um tempo maior e sem os resultados que esperávamos. Vamos virar a página e acreditar que daqui para frente teremos os resultados positivos para trazer o hexa”, relembrou Ednaldo Rodrigues.
O peso do fracasso
Responsável por deixar o cargo de diretor de seleções vago durante todo o ano e optar pelos interinos Ramon Menezes e Fernando Diniz, Ednaldo dividiu o peso dos fracassos e afirmou que a entidade forneceu todo o suporte necessário para que os trabalhos fossem desenvolvidos.
“Realmente, os resultados não são bons, e a CBF procurou sempre fazer e atender tudo o que foi solicitado por aqueles que dirigem as seleções”, destacou o presidente.
Ele pontuou que, apesar dos esforços, nada foi o suficiente para reverter a situação enfrentada pela Seleção Brasileira:
“Mesmo atendendo a tudo e a todos, não houve os resultados satisfatórios que o torcedor e nós gostaríamos. Esperamos que as pessoas pudessem esperar seus trabalhos e competições para fazer a reestruturação com pessoas competentes e com expertise em seus clubes.”
A saída de Diniz e recusa de Ancelotti
O dirigente também explicou a saída de Fernando Diniz, que tinha contrato até o meio do ano. Segundo Ednaldo, a recusa de Carlo Ancelotti, que renovou o contrato com o Real Madrid, exigia a escolha de um treinador definitivo, e havia um acordo com o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt:
“Trouxemos como interino o Fernando Diniz, respeitando o acordo com o presidente do Fluminense. E depois como efetivo o Dorival Júnior e agora o Rodrigo Caetano na área de executiva para que possa ter todo o trabalho na seleção principal, mas aliado a restruturação de toda seleção de base. Esperamos que esses profissionais possam dar respostas positivas dentro de campo.”
O Brasil de Ednaldo Rodrigues reinicia seu ciclo para a Copa de 2026 no dia 23, enfrentando a Inglaterra em Wembley, às 16h (horário de Brasília), e enfrenta a Espanha no dia 26, no Santiago Bernabéu, em Madri.