A classificação do Vasco sobre o Água Santa na Copa do Brasil e o empate com o Nova Iguaçu, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca, tiveram o mesmo herói improvável: Lucas Piton.
O lateral-esquerdo demonstrou seu lado oportunista, marcando os primeiros gols de cabeça de sua carreira. O zagueiro, que estendeu seu vínculo com o Vasco neste ano, está vivenciando sua temporada mais artilheira.
A fase artilheira de Lucas Piton
O gol na quinta-feira passada (7), uma cabeçada firme após falta cobrada por Payet, saiu nos acréscimos do segundo tempo, quando o Vasco perdia por 3 a 2 e precisava marcar para levar a decisão para os pênaltis.
Já no domingo (10), o zagueiro apareceu mais uma vez como elemento surpresa, completando o desvio de Sforza e empatando a partida no Maracanã.
“Eu não me vejo como herói porque é o time todo. O nosso time trabalha muito para ganhar todos os jogos, para vencer. Então, a gente vai buscar a classificação no próximo jogo”, comentou Piton depois da partida.
Os números do zagueiro-artilheiro
Piton agora acumula três gols marcados nesta temporada – ele também deixou sua marca na vitória sobre o Botafogo, pela nona rodada da Taça Guanabara. O jogador nunca havia balançado a rede tantas vezes no mesmo ano.
A sua maior marca numa temporada havia sido um gol, o que ocorreu em 2021 e 2022, pelo Corinthians; e no ano passado, já pelo Vasco.
Esses também foram os primeiros gols de cabeça desde que tornou-se jogador profissional, embora isso já tenha ocorrido nos tempos de base. Os outros quatro gols foram marcados com a perna esquerda.
O oportunismo do jogador
Com 1,75m de altura, Lucas Piton não tem o costume de ocupar a área em cobranças de falta e escanteio. Para um jogador da posição que não é reconhecido por sua habilidade de cabeceio ou presença forte na bola aérea ofensiva, é mais comum ficar posicionado para aproveitar possíveis rebotes.
Piton só foi para a área porque o Vasco estava em desvantagem no placar. As jogadas de bola parada do Cruzmaltino são treinadas, com cada jogador designado a um setor específico.
No entanto, Ramón Díaz permite liberdade para que os atletas troquem de posição ou ataquem o espaço quando julgarem oportuno, desde que o movimento seja feito com responsabilidade.
No gol contra o Nova Iguaçu, Mateus Carvalho, Adson e Puma ficaram posicionados na sobra, com Medel como último homem. Enquanto isso, contra o Água Santa, o único jogador de linha fora da área no momento da falta, além de Payet (o cobrador), foi Paulo Henrique.