Na busca por alcançar uma semifinal do Campeonato Paulista, a Ponte Preta busca inspiração no passado para nutrir esperanças para o futuro. Para isso, o time terá um adversário de peso: o Palmeiras.
O jogo entre as duas equipes, válido pelas quartas de final do Campeonato Paulista, está marcado para às 18h (horário de Brasília) de sábado (16), na Arena Barueri.
A mística da Ponte Preta
O presidente Marco Antonio Eberlin deposita sua confiança na “mística” da Macaca para sonhar com a classificação no confronto contra o Palmeiras:
“O Palmeiras é favorito em qualquer estádio que jogar, no Brasil ou na América do Sul, talvez três ou quatro equipes façam frente ao Palmeiras. A Ponte é uma mística, é um clube que não de entrega jamais. A dificuldade é imensa pra Ponte, uma equipe (Palmeiras) com poderio financeiro gigantesco, está ficando cada dia mais distante e é uma zebra. Vamos lá fazer valer a mística da Ponte.”
O líder do time alvinegro admitiu o claro favoritismo do adversário, destacando a disparidade financeira entre as equipes. No entanto, o presidente ressaltou que a Ponte Preta também registrou “surpresas inesperadas” ao longo de sua trajetória.
“Felizmente ou infelizmente, a Ponte soma seis vices no Paulista. E isso aconteceu porque é no impossível que a Ponte se transforma e espero que isso possa acontecer contra um favorito gigantesco”, comentou Eberlin.
Ele ainda citou a responsabilidade maior para o Palmeiras:
“A responsabilidade do jogo é do Palmeiras, enquanto a nossa responsabilidade é se doar ao máximo e ter responsabilidade com o nosso torcedor. A nossa torcida se identifica com entrega dentro de campo. Espero que nossos jogadores deixem o jogo exauridos para que a gente seja uma zebra novamente.”
Os confrontos
Eberlin mencionou duas recentes participações da Macaca no mata-mata do Paulistão. Em 2020, após uma classificação suada, eliminou o favorito Santos na Vila Belmiro e em seguida foi eliminada pelo próprio Palmeiras.
Mas o Palmeiras também foi derrotado pelo time campineiro. Em 2017, a equipe comandada por Gilson Kleina venceu o jogo de ida por 3 a 0, no Moisés Lucarelli, e posteriormente segurou o jogo no Allianz Parque, avançando para a final mesmo perdendo por 1 a 0.
“Em um passado não tão distante esses jogos faziam parte da realidade anual da Ponte Preta. O clube sempre chegou em jogos decisivos, mas o abismo financeiro ficou muito grande e essa dificuldade aumenta a cada dia. Mas vamos representar a nossa torcida porque infelizmente a Ponte é o único time que não terá torcida em todos os jogos.”
Torcida única
Por determinação do Ministério Público, os jogos envolvendo os clubes de Campinas contra os grandes clubes do estado (São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos), independentemente do local, são realizados com torcida única, seguindo o mesmo padrão dos clássicos, incluindo o dérbi campineiro, que conta apenas com a presença da torcida do time mandante.
“É uma injustiça com o torcedor da Ponte é, sai prejudicado, infelizmente isso está na mão do Ministério Público. Os dirigentes dos clubes têm culpa do que está acontecendo, nunca se preocupavam de cuidar do seu torcedor, da torcida visitante, em evitar esses escândalos e vítima”, disse Eberlin.
O presidente da Ponte Preta pediu mudanças. “Está na hora de se rever, mas também dos dirigentes assumirem sua culpa. Deixamos correr solto e hoje o torcedor está pagando”, comentou.
Ele revelou que propôs mudanças:
“Nós tentamos na reunião, mas o regulamento ele é assinado e aprovado antes do início do campeonato, mudar regulamento no final os outros clubes não iriam concordar, e se eu estivesse do outro lado talvez não, mas tem que se rever isso. Não é possível o estado não poder abrigar um jogo com duas torcidas. Acho que já passamos disso, temos um governo capaz de gerir um jogo com duas torcidas.”