Depois de uma sequência de seis jogos sem vitória nesta temporada, o Juventude se recuperou no momento que mais precisava. Na noite do último sábado (9), mesmo jogando fora de casa, o Alviverde goleou o Guarany de Bagé. O Verdão venceu por 4 a 0, no Estádio Estrela D’Alva.
Com esse resultado, anulou a vantagem do adversário e assegurou sua vaga na semifinal do Gauchão, onde enfrentará o Internacional em dois confrontos. Além disso, a vitória aliviou a pressão sobre o trabalho do técnico Roger Machado.
A construção da goleada do Juventude
Em entrevista coletiva após o confronto no sul do estado, o treinador do Juventude enfatizou que o placar dilatado não reflete totalmente o que foi o confronto. Segundo ele, a vitória foi resultado do desempenho elevado de vários jogadores em campo.
“Não foi uma vitória tranquila. Nós buscamos fazer a vitória ser tranquila. Foi um jogo difícil, com as características desta fase da competição. Hoje, dá pra dizer que teve uma janela maior de atuação e um número maior de jogadores atuando bem”, disse Roger Machado.
“Quando você tem sete, oito, nove individualidades se sobressaindo, a gente consegue suprir um ou dois que não estejam tão bem. Hoje tivemos muitos destaques. Não está tudo resolvido, obviamente. Mas acho que é um passo importante”, analisou ele.
Dar um passo para trás
Ao analisar o confronto, Roger Machado admitiu que foi preciso dar um passo atrás e retornar à formação com três atacantes, a mesma utilizada nas primeiras rodadas do Campeonato Gaúcho.
Com Edson Carioca e Lucas Barbosa nas extremidades e Caíque atuando como primeiro volante, o Juventude conseguiu gerar mais oportunidades, resultando no placar elástico construído:
“Reconhecemos a necessidade de dar um passo atrás, e voltar a atuar da forma como atuamos nos primeiros jogos, que nos fez ter um início muito bom na competição. Proporcionar a entrada do Caíque para que a gente tivesse. Proporcionar novamente a entrada de jogadores que conseguem com mais facilidade, com a velocidade, com o drible, tirar da frente. Isso faz com que a gente empurra o adversário para dentro do seu campo.”
Recuperação da sequência negativa
Em meio à sequência negativa, Roger Machado experimentou um aumento considerável da pressão sobre o seu trabalho. Na última rodada da primeira fase, por exemplo, na derrota por 2 a 1 para o Internacional no Jaconi, o treinador deixou o campo sob os gritos de “Fora Roger” por parte dos torcedores.
Sobre essa instabilidade, o comandante enfatizou a importância do resultado para recuperar a confiança:
“É uma vitória importante, mas não dá para dizer que a gente retornou completamente, porque mesmo uma vitória assim a gente tem pontos a corrigir, mas ela dá confiança, ela retomou otimismo, gera um pouco mais de tranquilidade para a gente conseguir fazer esses ajustes necessários.”
“As coisas não estavam como uma terra arrasada. A instabilidade iria passar a partir dos ajustes que precisávamos fazer. Ele veio hoje com uma boa vitória, classificando para a Copa do Brasil. Essa vitória ganha uma importância muito grande”, concluiu Roger.