John Textor planeja desconsiderar a investigação iniciada pelo STJD, que estabeleceu um prazo até segunda-feira (11) para o proprietário da SAF do Botafogo apresentar evidências do que ele acredita ser corrupção envolvendo a arbitragem no futebol brasileiro.
A intenção do norte-americano é procurar instâncias superiores no país, como o Ministério Público, tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília.
O que disse John Textor
O empresário norte-americano está descontente com o STJD, que encerrou o processo por ele iniciado para investigar o Brasileirão de 2023 em menos de 24 horas.
Na ocasião, o executivo apresentou um relatório de 70 páginas com base em análises de jogos da Good Game!, uma empresa francesa que avalia arbitragens com o auxílio de inteligência artificial. O relatório indicava que o Botafogo deveria ter 21 pontos a mais que o Palmeiras.
Portanto, a estratégia do empresário é desconsiderar a acusação da entidade esportiva, mesmo que isso possa acarretar em penalidades – de acordo com o artigo 223, ele pode ser suspenso por um período entre 90 a 360 dias, além de receber uma multa de R$ 100 mil.
As acusações de Textor
John Textor assegura que dispõe de evidências das acusações que fez. Em um vídeo divulgado em seu site no final da noite deste sábado, o empresário norte-americano esclareceu que o árbitro estava atuando em uma partida de uma “divisão menor” do Brasileirão.
Além disso, o norte-americano contou que o árbitro possuía “sotaque carioca”. Além disso, ele declarou que recebeu o conteúdo de um “funcionário vinculado à CBF”:
“Eu recebi uma gravação de um funcionário ligado à CBF. Foi validado e autenticado. Foi falado para mim, por autoridades de confiança, não foram jornalistas, nem agentes. Também estão na mão da polícia e estiveram nas mãos de governantes por um ano. Foi em uma divisão menor, é um jogo conhecido por nós. Tem um técnico, um time, pessoas que autenticamos.”
“Tem a gravação de um árbitro dizendo que estava triste de ter perdido dinheiro porque o jogo que ele estava tentando manipular não tinha ido do jeito que ele estava tentando influenciar. Ele foi específico: ele deu 1 minuto no relógio e deu um pênalti que não deveria e o atacante bateu o pênalti na trave”, contou Textor.
“Ele reclamou, dizendo que tudo que fez tudo que foi possível. É de um sotaque carioca, vocês vão saber melhor que eu, isso nos permite identificar de qual árbitro é”, afirmou o dono da SAF do Botafogo sobre as suas provas.
A Justiça, representada pelo Juiz Marcello Rubioli da 1ª Vara Criminal Especializada em Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro do Rio de Janeiro, solicitou ao Ministério Público uma avaliação das declarações feitas por John Textor após a partida contra o RB Bragantino na última quarta-feira (6).