Abel Ferreira iniciou a entrevista do último sábado (9) após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP, na Arena Barueri, abordando a confusão ocorrida no último domingo (3), contra o São Paulo.
Chamado de “português de m…” por Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, o técnico fez uma longa declaração sobre o assunto, mencionando o perdão, mas ressaltou também que há limites. Abel Ferreira não descartou a possibilidade de processar o dirigente.
O que disse Abel Ferreira
Sem dar muitos detalhes, o português foi breve sobre o assunto. “Não sei (se vai processar). Há limites para tudo e na altura certa vocês saberão”, comentou o treinador do Palmeiras.
“Merece todo o respeito a instituição São Paulo e não vou dizer muito mais do que isso, porque o futebol brasileiro e os clubes brasileiros são muito maiores do que cada um de nós, são muito maiores do que nosso ego”, declarou Abel Ferfeira.
“Em 90 minutos eu sou intenso, quero que minha equipe ganhe, mas fora isso eu peço desculpa. Meu coração é igual coração de mãe, perdoa tudo e cabe sempre mais um. Mas há limites”, completou o treinador do Verdão.
Autocríticas e situação no Palmeiras
Abel Ferreira ainda falou sobre os seus defeitos:
“Os meus defeitos vocês encontram, ou minha mulher, se falar com minha mulher é fácil. Mas procuro dar o melhor que sei, meu coração é grande, cabe sempre mais um e perdoo tudo. O resto deixo para vocês, todas essas falas, comentários, desde que cheguei, elas são publicas, é muito fácil de ver.”
“Quero viver minha vida com lado positivo, com intensidade, com as pessoas que eu gosto e para meu trabalho olhar as pessoas de frente e sei: não sou perfeito. Mas como não gosto de fugir às questões, acho que não vale combater ódio com ódio”, finalizou Abel Ferreira.
Abel Ferreira vai denunciar Belmonte?
Diante das confusões ocorridas no Choque-Rei, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, declarou Carlos Belmonte como persona non grata no clube.
Além disso, o Palmeiras ofereceu uma equipe de advogados a Abel Ferreira, caso o treinador optasse por processar o dirigente que o ofendeu, considerando que uma possível denúncia seria uma decisão exclusiva do técnico.
Sobre levar o caso para os tribunais, o treinador desconversou sobre o assunto:
“Eu não conheço esse senhor (Belmonte), nunca falei com ele, se calhar é uma pessoa espetacular, entendo o calor do jogo, porque quando chutei o microfone ninguém quis saber porque e não fui o único. Há treinadores que apontam o dedo na cara dos árbitros, fui punido, castigado e cumpri por isso. Ninguém quis saber que aos 94 minutos, numa final, um escanteio claro a nosso favor e o árbitro não viu. Eu sou ser humano, tenho emoções e no calor do jogo… Eu entendo essas emoções.”
“Espero que as entidades que castigaram a mim por determinados comportamentos, sejam iguais com outros comportamentos semelhantes ou piores. Não quero nada para mim. Quero as coisas justas. Sou democrático”, finalizou o treinador.