John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, abordou novamente o áudio que alega expor um caso de corrupção envolvendo um árbitro do futebol brasileiro.
Em um vídeo divulgado em seu próprio site na noite do último sábado (9), o empresário norte-americano afirmou que a gravação foi validada.
Embora tenha fornecido poucos detalhes, indicou que o jogo em questão seria de uma “divisão menor” e que o árbitro possui sotaque carioca.
O que disse John Textor
Além disso, o executivo garantiu que o áudio não está relacionado a nenhum jogo envolvendo o Botafogo ou a Série A do Campeonato Brasileiro. No vídeo divulgado, que possui 14 minutos, o empresário fez um longo discurso sobre a necessidade de aprimorar o futebol.
“Eu recebi uma gravação de um funcionário ligado à CBF. Foi validado e autenticado. Foi falado para mim, por autoridades de confiança, não foram jornalistas, nem agentes. Também estão na mão da polícia e estiveram nas mãos de governantes por um ano. Foi em uma divisão menor, é um jogo conhecido por nós”, disse.
“Tem um técnico, um time, pessoas que autenticamos. Tem a gravação de um árbitro dizendo que estava triste de ter perdido dinheiro porque o jogo que ele estava tentando manipular não tinha ido do jeito que ele estava tentando influenciar”, completou ele.
“Ele foi específico: ele deu 1 minuto no relógio e deu um pênalti que não deveria e o atacante bateu o pênalti na trave. Ele reclamou, dizendo que tudo que fez tudo que foi possível. É de um sotaque carioca, vocês vão saber melhor que eu, isso nos permite identificar de qual árbitro é”, afirmou.
Empresário vive polêmica
Na quarta-feira (6), após a vitória do Botafogo sobre o RB Bragantino, pela Conmebol Libertadores, Textor afirmou que possui “juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas”.
No dia seguinte, o STJD deu um prazo de três dias para o executivo apresentar as evidências; em caso de recusa, ele pode ser punido por até 360 dias e receber uma multa de R$ 100 mil.
Textor, neste vídeo divulgado no sábado, revelou que havia uma investigação acontecendo na CBF antes dele aparecer com as atuais evidências. Neste contexto, o norte-americano viu um jogo do Palmeiras estar envolvido em análise – mas não fez nenhum tipo de acusação.
“As pessoas costumam falar de corrupção e colocam os jogador no meio o tempo todo porque é mais fácil. Primeiro, alguém foi pago para levar um cartão amarelo. Não é nem ilegal. As pessoas descobrem, pedem desculpas. Na época daquela gravação, que estava nas mãos do governo, tinha um relatório de manipulação de resultados, isso também tinha sido produzido, acredito que tinha sido envido e já fornecemos evidência disso para o tribunal.”
“O relatório da manipulação de resultados é relacionado a um jogo que terminou em 2022, era um jogo do Palmeiras. Parece que o Palmeiras não estava envolvido. Era Palmeiras x Fortaleza. Essa evidência foi enviada para a CBF, não sei quem estava envolvido nisso, eu não estava envolvido”, completou.
Por fim, ele refletiu sobre as manipulações por conta das casas de apostas:
“Eu tenho provas de manipulação de resultado e agora nós analisamos anos anteriores do Botafogo estar envolvido. Os piadistas pelo mundo falam de choro. Eu pareço estar chorando? Eu não estou chorando. Estou fazendo o melhor que posso para ajudar. Essa empresa estava aqui antes da gente, eles analisavam jogos antes da gente, casas de apostas perdem dinheiro com manipulação de resultados, por que os contratam? Eles não podem consertar isso, então não querem perder dinheiro.”
“Eu poderia suspeitar que contratam empresas assim porque querem mandar nas odds, o valor dos palpites. Um time com manipulação constante, com muita atividade, muita coisa estranha, atividade de apostas, esses caras sabem. É por isso que estamos falando, é isso que nossas provas mostram”, finalizou.