Renato Portaluppi elogiou a postura do Grêmio na vitória por 2 a 0 sobre o Brasil de Pelotas, que garantiu a classificação às semifinais do Gauchão. No entanto, o treinador voltou a ser questionado sobre a relação com a imprensa e a decisão de manter os portões fechados nos treinamentos durante a semana.
Renato afirmou que antecipava a postura defensiva do Brasil de Pelotas, mesmo diante da necessidade de vencer. Destacou a importância da paciência para romper a defesa adversária e criar oportunidades de finalização.
O que disse Renato Portaluppi
No intervalo, com a vantagem do Grêmio no placar, instruiu a equipe a manter a pressão no ataque e buscar ampliar a diferença. Durante a coletiva de imprensa, o treinador explicou a estratégia usada para o confronto:
“Conversamos para buscar os espaços vazios. A bola entraria mais cedo ou mais tarde. O Cristaldo fez um golaço, um dos mais bonitos do estadual. O gol deu tranquilidade. No segundo tempo, mandei continuarei pressionando em busca do segundo gol. Criamos e fizemos mais um. Gostei do comportamento da equipe. Mata-mata é difícil. Tudo pode acontecer. Conseguimos o objetivo.”
Treinador voltou a “implicar” com a imprensa
O rendimento em campo não foi o único tópico abordado na entrevista. O ídolo gremista também foi questionado sobre a escolha de fechar os treinamentos, uma decisão destacada na semana passada. Renato optou pelo isolamento após se sentir incomodado com críticas vindas de alguns setores da imprensa.
O assunto foi novamente discutido. Ao responder, Renato iniciou explicando que a presença dos jornalistas não proporciona benefícios ao clube, mesmo que, cada vez mais, os treinos sejam realizados de maneira fechada, limitando o acesso apenas aos aquecimentos.
Ele assegurou que não se incomoda com os setoristas que convivem diariamente com a equipe, mas destacou que há pessoas que “ultrapassam os limites” nas críticas. O treinador do Grêmio não citou nomes específicos.
“Parece que estou revolucionando, fazendo algo de outro planeta. Será rotina. Os cornetinhas do ar é uma brincadeira que faço, como fazem comigo. Qual o benefício que o clube tem com vocês no treino? Muitos vão lá, pegam as imagens, criticam e ganham dinheiro. Nunca fomos convidados para ir ao trabalho de vocês”, começou.
O treinador completou:
“É necessário mais respeito de três ou quatro de vocês com o clube. Faço o quê? Proíbo só eles? Gostaria que eles estivessem no treino. A crítica é válida, mas quando passa da crítica… Têm uns colorados doentinhos, que eu não tenho nada contra, mas precisam ter coragem de colocar a camisa, e uns gremistas que querem clique. Quando as críticas ultrapassam, falam besteiras, acham que são donos do clube… Não dá, né?”
O técnico ainda voltou a citar os “jornalistas de ar-condicionado:
“Os gênios do ar-condicionado. Sabem tudo. Ganharão mais que no clique se vierem treinar. Venham para o campo. Sabem tudo. Eu autorizo, pago. Nos mostrem o que sabem. Falem as besteiras cara a cara. Aí não aparece ninguém.”