Na noite do último sábado (9), o Flamengo dominou e venceu o Fluminense, por 2 a 0. Os times se enfrentaram pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca. Os gols foram anotados por Everton Cebolinha e Pedro.
Durante a entrevista coletiva, Fernando Diniz, treinador do Flu, comentou sobre os comentários da torcida, explicou a ausência de John Kennedy e afirmou que mudará de postura para o jogo da volta.
Críticas da torcida e John Kennedy
Durante a conversa com a imprensa, o treinador disse que entende a cobrança dos torcedores e apontou que respeita as manifestações, sejam elas positivas ou negativas.
“A torcida está no direito, eu respeito toda manifestação do torcedor. A gente já foi aplaudido inúmeras vezes. Hoje eles acharam que tinha que gritar do jeito que gritaram, hostilizar. Está tudo certo, não tem que comentar sobre torcida. Tem que entregar um jogo de maior qualidade”, disse.
Questionado sobre o motivo para ter deixado John Kennedy de fora do duelo, o treinador explicou:
“Não era um jogo para entrar o John Kennedy. A gente estava muito mais numa postura para não tomar o segundo gol do que fazer o primeiro. Se não tivesse o jogo da volta, eu teria colocado o John Kennedy com certeza. As chances maiores deles era em chutes de fora da área e bola aérea, então a tentativa do Lelê foi numa tentativa de tirar um pouco daquilo que acabou sendo o gol do Flamengo.”
“A gente precisava de um jogador para marcar. A informação que eu tinha é que o Felipe também estava meio pedindo para sair, se não eu nem colocava ninguém. Se ninguém pede para sair, eu não teria nem mudado até o final da partida”, destacou Diniz.
“Na minha opinião não era um jogo para entrar o John. Era capaz de ele tentar levar o time para frente sozinho, por causa do ímpeto que ele tem, e o time ficar mais espaçado”, completou.
Mudança de postura
Outro ponto abordado pelo treinador foi em relação à mudança de postura para o jogo da volta. “Não é mudar a postura do time em uma semana, o time tem condição de fazer muito melhor. Não fez em um pedaço do segundo tempo, também não foi o segundo tempo inteiro”, destacou.
“A gente voltou com uma postura bem diferente do primeiro tempo e começou a criar, a envolver, a chegar. O jogo ficou mais equilibrado. Em determinado momento, a gente ficou até melhor, em um período curto. Com a expulsão, foi tudo por água abaixo”, disse.
“A gente tinha que tentar segurar o resultado. Obviamente se houvesse uma chance de marcar, a gente marcaria. Mas a principal questão ali era não deixar o Flamengo fazer o segundo gol. O resultado do jogo foi muito merecido”, completou Diniz.
Expulsões
Por fim, o treinador comentou sobre o alto número de expulsões do Fluminense. No jogo contra o Flamengo, o time viu Thiago Santos receber um cartão vermelho:
“É difícil jogar com um jogador a menos, embora a gente saiba bem fazer isso. O jogo do Botafogo, só para pegar esse recorte, foi um jogo em que a expulsão foi muito determinante para o resultado final. A gente tinha empatado, o normal era a gente crescer e ter mais chance de fazer o terceiro gol que o Botafogo. Com a expulsão do André e logo na sequência já foi o pênalti, a gente acabou sofrendo o terceiro gol. Hoje também, no nosso melhor momento do jogo, o Thiago foi expulso, e a nossa chance de poder empatar e poder virar ficou muito dificultada.”
“Em relação ao que fazer, a gente não é um time muito faltoso. Não sei por que tivemos tantos jogadores expulsos. É algo que podemos estudar melhor para evitar essas expulsões, mas não sabia te responder agora. É um número exagerado de cartões vermelhos”, finalizou.