Dramática e com muitas reviravoltas. Assim foi a classificação do São Paulo para as quartas de final do Campeonato Paulista. Com gol no final do jogo, marcado por Lucas Moura, o Tricolor levou a melhor, por 3 a 2.
Durante a coletiva de imprensa, o técnico Thiago Carpini comentou sobre o desempenho do Tricolor ao longo da primeira fase do Campeonato Paulista e destacou as suas decisões para o time no confronto.
Lentidão com as mudanças
O treinador destacou que, com a saída de Ferreira e o gramado do estádio, a bola não estava rolando. Com isso, não favorecia um jogador de transição e precisava de uma bola mais alongada – algo não positivo para o ex-Grêmio.
“Ele [Ferreira] é de tirar o time de trás com condução, como o Lucas. Naquele momento, a ideia era não tirar a profundidade, que a gente tinha as laterais com o Wellington, o Juan que acha bem estes espaços, ele tinha a função de empurrar a linha para trás”, explicou Carpini.
“Não acho que o time ficou mais lento, a ideia era controlar o jogo, prefiro usar desta maneira. O James entra para controlar o jogo, o gramado não favoreceu sua melhor atuação. Hoje você vê com tempo a mais do que programamos, mas o gramado sem dúvida deve ter atrapalhado um pouco”, destacou o treinador do São Paulo.
O comandante ainda explicou a sua ideia para a partida. “A ideia não era deixar o time mais lento, era controlar o adversário em cima da estratégia de cada tempo que a gente entendia ser melhor”, completou ele.
A campanha da fase de grupos
De acordo com o treinador, a campanha do São Paulo foi satisfatória:
“A gente herda um trabalho vitorioso, mas não deixa de ser uma reconstrução. O sucesso depois do sucesso é muito difícil. Se tivesse continuidade, não era certeza dos resultados imediatos, porque o pós é complicado. Natural uma zona de conforto, algumas coisas acontecerem e às vezes atrapalhar um pouco o processo.”
O treinador também explicou algumas perdas do time ao longo da temporada:
“Perdemos atletas importantes, herdamos um trabalho maravilhoso do Dorival, mas com algumas dificuldades, também. Implementar ideias novas, suprir ausências, problemas de lesões, hoje não tivemos o Pablo Maia, perdemos o Calleri.”
Foco nas quartas de final
Para a próxima fase, o São Paulo terá pela frente o Novorizontino. Algo que deixou o treinador já preparado. “O Eduardo (Baptista) foi meu treinador como atleta, é uma equipe com há três ou quatro anos junta, sólida, competitiva, mas agora é ora competição”, disse.
“Um mata em nossa casa, no Morumbi, não podemos errar como erramos em outros momentos, mas também temos muitas coisas boas a serem repetidas. Com certeza eles também não podem errar, jogar contra o São Paulo no Morumbi não é fácil”, destacou.
“É outro cenário, outra competição e vai ser um jogo difícil, detalhe, paciência. O que precisávamos era ir adiante é o que estava no nosso planejamento da temporada”, completou o comandante.