Contratado a ‘peso de ouro’ pelo Santos, Diego Pituca abriu o jogo sobre o momento que vive em sua carreira. Em entrevista para o A Tribuna, o capitão do Peixe comentou sobre como foi ver o time pela qual torce ter sido rebaixado pela primeira vez.
Ele ainda contou uma história sobre uma rivalidade com João Schmidt, com quem divide o elenco do Peixe.
O acerto com o Santos
Diego Pituca precisou reajustar o seu contrato após o rebaixamento do Santos. O time foi para a segunda divisão pela primeira vez da história. No momento, o meia recebeu propostas de outros clubes.
“Eu tinha proposta para ficar no próprio Kashima, mas queria voltar e falei que só não voltaria para cá se o Santos não me quisesse. A gente acabou assinando pré-contrato ano passado, mas infelizmente não consegui vir para tentar ajudar a equipe”, contou ele.
“Depois, tive uma conversa com o Gallo, quando acabou meu contrato com o Kashima, e a gente entrou num acordo bom para mim e para o Santos”, completou Pituca.
Rivalidade com João Schmidt
Na entrevista, Pituca comentou sobre uma possível rivalidade com João Schmidt, durante a passagem de ambos no futebol japonês.
“Foi num jogo em Kashima, numa bola lateral, ele acabou me acertando e a gente discutiu. O mais legal é que o Carille viu isso e quando a gente chegou aqui, no primeiro dia, ele chamou para conversar”, comentou ele.
“Na resenha mesmo, e falou: ‘Eu não vou ter trabalho com vocês dois, né?’ (risos). Eu e o João nos damos bem, a gente tá conseguindo se entender, dentro e fora de campo, o João é um cara do bem”, completou Pituca.
Recentemente, Carille elogiou o perfil de Pituca. O jogador contou que tem um perfil mais tranquilo:
“Não, eu sou um cara mais tranquilo, sossegado, você sempre vai me ver sorrindo, não sou um cara de ficar falando muito. Como o Carille falou, de eu treinar bastante, de querer sempre vencer e ajudar o Santos, acho que isso me fez também ser um dos capitães.”
Paixão pelo Santos
Torcedor do Santos declarado, o jogador relembrou a sua primeira lembrança com o clube da Vila Belmiro:
“Eu tinha uns 10, 11 anos, e lembro da primeira camisa que ganhei. Meu pai é corintiano doente e meu tio falou que eu iria ser santista, me deu uma camisa do Santos e comecei a assistir mais o time. A gente tinha que ficar pedindo ao meu pai para ir na casa dos meus amigos assistir aos jogos de Santos ou ir a algum bar lá perto, para ficar de longe assistindo. E graças a Deus estou aqui até hoje.”
Sobre a sua chegada ao clube, em 2017, Pituca apontou que o momento foi uma realização de um sonho. “Foi a realização de um sonho, o tanto que eu batalhei. Não só eu, mas minha família, se estou aqui hoje é por causa dos meus pais, que nunca desistiram”, disse.
“Agora já estou um pouquinho mais velho, mas ainda continuo o Menino da Vila. É um prazer poder estar aqui, espero estar sempre à altura para conseguir meus objetivos, ajudar o Santos a subir, a ser campeão”, completou ele.
Rebaixamento
Sobre ver o rebaixamento do Santos em 2023, o jogador disse que foi complicado assistir. “Difícil. Você fica com aquele sentimento de não poder ajudar, sabe? Eu fiquei assim o ano passado, foi difícil para nós, santistas, mas agora não adianta ficar pensando no passado”, disse.
“A gente tem que olhar para o futuro. Começamos o ano muito bem, todo mundo aqui honrando essa camisa para que a gente consiga no final do ano colocar o Santos onde ele não deveria ter saído”, completou.