Payet não cansou de demonstrar o seu amor pelo Vasco. O jogador, uma das referências do clube cruzmaltino, destacou a importância de vestir a camisa 10, eternizada por Roberto Dinamite, no time.
Em entrevista para o jornal francês L’Équipe, o camisa 10 falou sobre a canção criada pelos torcedores do Vasco em sua homenagem e citou as referências que teve do futebol brasileiro ao longo de sua carreira.
A camisa 10 no Vasco
Uma demonstração adicional de reverência a Payet é a escolha da camisa 10, que pertenceu a Roberto Dinamite, o maior ídolo na trajetória histórica do Vasco. O jogador francês reconhece a pressão associada a essa camisa, mas está ciente da responsabilidade de não desapontar os fervorosos torcedores cruzmaltinos.
“Eu sinto isso, e é agradável. A pressão é alta, e é também por isso que vim para cá. É o que eu amo. Eu vivo para isso. É uma forma de pressão sentir o amor e as expectativas de milhares de torcedores”, comentou o jogador francês.
“Eles esperam que você seja decisivo. Isso é ainda mais verdadeiro quando você está vestindo a camisa 10 usada por Roberto Dinamite. A família dele aprovou minha chegada e não havia como decepcioná-los”, confessou o camisa 10.
Música de homenagem
A canção criada pela torcida do Vasco em homenagem a Payet tornou-se um sucesso e já alcançou reconhecimento na França. O meio-campista compartilhou que se emociona toda vez que ouve os torcedores do clube entoando a música em sua homenagem.
“Eles a cantaram nos primeiros dias, mas é verdade que a estamos ouvindo cada vez mais. Isso é um bom sinal. É emocionante. Não há nada mais bonito do que ouvir um canto cantando em sua homenagem. É ótimo para sua confiança e seu moral”, contou.
Payet contou sobre a reação da esposa ao ouvir a canção:
“Quando minha esposa (que estava na arquibancada no domingo) ouve o estádio cantando meu nome e vê tudo o que estou construindo aqui, isso reforça nossa escolha. Se eu estivesse infeliz e não jogasse, todos nós perderíamos. Agora ela me vê se divertindo, dando prazer às pessoas, e percebe que os sacrifícios valem a pena.”
A força do elenco cruzmaltino
Ao chegar ao Vasco, a equipe enfrentava a batalha para evitar o rebaixamento para a Série B do Brasileirão. Payet expressou surpresa ao deparar-se com o ambiente positivo no vestiário do clube carioca, onde os jogadores cultivavam uma atmosfera amigável no dia a dia.
“Quando cheguei, eles estavam todos no ginásio, com música brasileira tocando, cantando, dançando, estavam muito relaxados. Era como se eles não percebessem a urgência da situação. Percebi que esse era o jeito deles de ser”, contou o jogador.
“Depois, quando o jogo se aproxima, eles mudam, tornam-se guerreiros e vão para a batalha. Na França, se você tem 9 pontos no primeiro turno, ninguém dança ou canta (risos). Aqui, eles são alegres e felizes por estarem vivos”, revelou o francês.
Ele ainda destacou o seu trabalho com outros brasileiros:
“Eu só encontrei brasileiros que são “quadrados” e sérios. Ilan (no Saint-Étienne), Túlio de Melo (no Lille), Luis Gustavo, Luan Peres (no Marselha)… Eu não conhecia os extravagantes, os artistas, os festeiros, os Ronaldinhos…”