O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) iniciará uma investigação para examinar as alegações apresentadas por John Textor, proprietário do Botafogo. O primeiro a prestar depoimento será o próprio dirigente do clube carioca.
O Procurador Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ronaldo Botelho Piacente, solicitará as gravações que o empresário afirma possuir, nas quais supostamente “juízes reclamam de não terem recebido suas propinas”.
Textor passará a ser investigado
O empresário norte-americano afirmou também possuir evidências de “manipulações” em edições recentes do Campeonato Brasileiro. Até o momento, no entanto, ele não apresentou as provas que alega possuir. Textor disse que divulgaria tudo em até 30 dias.
“Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós assistirmos. Não pode ser assim. Não vamos ganhar campeonatos assim. E os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas eu não vou divulgar isso na imprensa”, falou o dono da SAF do Botafogo.
Processo judicial contra dirigente do Botafogo
Atualmente, Textor está enfrentando um processo judicial movido pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em decorrência das declarações proferidas após a derrota por 4 a 3 para o Palmeiras em 2023.
Ele foi acionado tanto na Justiça Comum quanto na Desportiva após criticar Ednaldo ainda no campo de jogo e afirmar que houve “corrupção e roubo” no Brasileirão.
O empresário norte-americano inclusive apresentou um relatório da empresa Good Game!, que, segundo ele, comprova a manipulação de resultados.
O que disse John Textor?
Após a vitória diante o Bragantino, no jogo de ida da terceira fase preliminar da Libertadores, Textor fez um desabafo e realizou as fortes acusações contra a arbitragem do futebol brasileiro:
“O apoio da torcida nesta noite vai nos trazer um técnico. Temos técnicos tops de todo o mundo me procurando e temos uma decisão difícil a tomar. As pessoas querem estar no Botafogo. Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós assistirmos. Não pode ser assim. Não vamos ganhar campeonatos assim.
Os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas eu não vou divulgar isso na imprensa. É irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros.
“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto.
Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas.”