Na tarde desta quinta-feira (7), Fernando foi oficialmente apresentado pelo Internacional, em uma coletiva de imprensa realizada na sala de conferências do Estádio Beira-Rio.
O jogador, com 36 anos, comentou sobre a sua saída inesperada do Vila Nova, destacando ter visualizado uma significativa oportunidade para continuar sua carreira em alto nível no Beira-Rio.
Fernando fala sobre acerto com o Inter
O presidente apresentou o volante como um “sonho antigo” do clube gaúcho. Na ocasião, Alessandro Barcellos, acompanhado pelo vice de futebol Felipe Becker, entregou a camisa número 5 ao jogador e a carteirinha de sócio, identificada pelo número 136 mil, vinculando-o ao clube.
Com passagens notáveis por grandes clubes europeus, Fernando expressou gratidão pela maneira “humana” como foi tratado e pela persistência da direção em tê-lo em Porto Alegre. Além disso, o jogador apresentou as razões que o levaram a deixar o Vila Nova, seu clube do coração, após um período bastante breve.
“O Inter me procurou em 2021, eu acabei renovando com o Sevilla, mas foi o clube que tentou me trazer para cá, mas o Sevilla quis renovar o contrato e eu segui lá mais um ano e meio”, explicou o volante durante a conversa com os jornalistas.
Ida ao Vila Nova
O jogador contou que estava conversando com a diretoria do Internacional há um longo tempo:
“A gente vinha falando há muito tempo. Quando surgiu essa situação de chegar em Goiânia, estava quase certo para vir para cá. Vendo a situação da minha família, decidi ficar por lá e tive oportunidade de jogar no Vila, meu clube do coração. Foi muito bom, foram seis jogos espetaculares.”
O volante destacou que pôde ajudar a sua família no período em que esteve em Goiânia. “Foi um mês que eu pude ajudar bastante minha família. Eu fiquei feliz com o Inter pela forma humana que me trataram e ficou esse sentimento. Os caras são muito educados, pessoas de alto nível, me mandaram mensagem dizendo “primeiro é a família””, apontou Fernando.
“A partir do momento que eu decidi que estava pronto, eu falei com minha família, que me deu muito apoio. Minha decisão passou por aí e hoje eu estou feliz”, completou o volante.
Características
Ao ser questionado sobre suas características e posicionamento, o volante afirmou possuir uma boa capacidade defensiva e se colocou à disposição para atuar também como zagueiro.
Ele elogiou o ex-companheiro Lucho González, atual auxiliar de Coudet, e destacou o técnico Pep Guardiola, com quem teve a oportunidade de trabalhar no Manchester City:
“Sempre fui um jogador caracterizado por defender bem, por ajudar os zagueiros a não tomar gol. O último clube que eu joguei na Espanha, o Sevilla, a gente ficou na históra do clube por defender bem, por passar muitos jogos sem tomar gol. Eu acho que ofensivamente o Inter tem muitos bons jogadores, ataca muito bem, e depois a gente precisa melhorar essa parte defensiva.”
“Falar dele (Lucho) é espetacular. Eu cheguei no Porto com 19 anos e ele já estava lá, já era ídolo. Foi um cara que me ajudou bastante, eu me lembro que chegava lá, acontece com o jogador brasileiro, pegava a bola e tentava o drible e ele falava: ‘Não, joga rápido, tenta me encontrar o mais rápido possível para dar seguimento às jogadas'”, disse.
“Foi uma pessoa que me ajudou bastante, foi um dos melhores capitães que eu peguei na carreia, tudo que ele falava ele fazia, uma pessoa espetacular, um dos melhores meio-campistas que eu já joguei. Facilitava muito meu jogo”, completou o reforço do Inter.