Enquanto negocia com a Caixa para firmar um acordo de quitação da Neo Química Arena, o Corinthians realizou o pagamento de R$ 12 milhões referente à parcela final de 2023, que estava em atraso. Com essa última transferência, o clube totalizou R$ 100 milhões repassados para a instituição apenas no ano passado.
No acordo em vigor, o valor principal, que efetivamente reduzirá a dívida e ultrapassa a marca de R$ 600 milhões, só terá início nos pagamentos a partir de 2025.
A dívida do Corinthians com a Caixa
Os R$ 12 milhões foram destinados à quitação da parcela de R$ 25 milhões estipulada no acordo para pagamento de juros com o banco. A próxima parcela a ser paga, também no valor de R$ 25 milhões, tem vencimento em março.
Em 2024, o Corinthians tem o compromisso de efetuar quatro parcelas trimestrais para a Caixa, as quais variam de acordo com a taxa de juros vigente no país. A estimativa é que o clube deva desembolsar aproximadamente R$ 80 milhões para a amortização de juros.
Reunião no time
Na última segunda-feira (26), uma reunião entre os departamentos jurídico e financeiro do Corinthians, juntamente com membros da diretoria da Caixa, foi realizada para delinear o início da proposta de pagamento da dívida, que está no valor de R$ 700 milhões.
Com base nesse alinhamento, o Corinthians tem a expectativa de resolver essa questão a médio prazo. No esboço da nova proposta, não está prevista a utilização do naming rights da Neo Química Arena como auxílio no pagamento.
A diretoria está otimista em quitar a totalidade da dívida da arena nos próximos três anos. O clube está em busca de novas fontes de recursos, considerando a venda de propriedades no Centro de Treinamento e os naming rights dos espaços de trabalho dos atletas profissionais e da equipe sub-20.
No início do mês, a Caixa recusou uma proposta referente ao crédito concedido pela estatal para o pagamento das obras realizadas ainda durante a gestão de Duilio Monteiro Alves.
A intenção do clube era saldar pouco mais de R$ 531 milhões para liquidar as dívidas do estádio, oferecendo R$ 356 milhões provenientes do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights.
As negociações
Após a recusa, o presidente Augusto Melo e o diretor financeiro Rozallah Santoro estiveram em Brasília para uma reunião de aproximação com a direção da Caixa.
O valor remanescente, aproximadamente R$ 175 milhões, seria formado pela aquisição, com um desconto de 90%, de dívidas que o banco eventualmente teria que saldar a terceiros em prazos mais longos. A essência da proposta está fundamentada nesses títulos, conhecidos como precatórios.
A Neo Química Arena e reformas
Inaugurada em 2014, a Neo Química Arena completará uma década ao longo de 2024 e está prevista para passar por alterações significativas. O presidente Augusto Melo anunciou planos de expansão do estádio para a capacidade de 54 mil espectadores, aumento de lugares com ingressos populares e a utilização do espaço para eventos não relacionados ao futebol.
Recentemente, em uma consulta do ge, o banco afirmou que trata qualquer assunto relacionado ao tema sob sigilo, em conformidade com a lei 105 de 2021, que “dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e dá outras providências”.