A Polícia Civil de Pernambuco está conduzindo as investigações de forma sigilosa para identificar os responsáveis pelo atentado com bomba e pedras contra o ônibus do Fortaleza. O incidente ocorreu na madrugada do dia 22, após a partida contra o Sport, na Arena de Pernambuco.
Até a tarde desta terça-feira (27), mais de 15 testemunhas foram ouvidas nas investigações do atentado ao ônibus do Fortaleza, conforme apurado pelo ge.
As testemunhas foram ouvidas na Delegacia de Polícia de Repressão a Intolerância Esportiva, localizada no bairro de Ouro Preto, em Olinda. O sigilo das investigações se estende ao acesso restrito ao local.
As investigações sobre o ataque contra o Fortaleza
Em silêncio, sem conceder entrevistas ou fornecer qualquer detalhe das investigações em curso, a polícia pernambucana continua realizando diligências de investigação, além de oitivas de testemunhas e suspeitos.
Em paralelo, em ação promovida em parceria com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), nesta tarde, o Disque-denúncia ofereceu R$ 1 mil para informações que resultem em prisões.
Avanços nas investigações
Nesta terça-feira, a Polícia Civil de Pernambuco informou que chegou a um suspeito que confessou participação no atentado ao ônibus do Fortaleza. O homem seria maior de idade, foi ouvido na segunda e liberado em seguida, pois não houve flagrante.
Por meio da comunicação da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), o secretário da pasta, Alessandro Carvalho, falou sobre as investigações em curso e da necessidade de manter tudo em sigilo.
“Temos o compromisso em dar a resposta à sociedade e assim faremos no momento em que a investigação for concluída, no tempo necessário para ser tecnicamente perfeita e permita a apresentação de denúncia e posterior condenação, mas não podemos dar o passo a passo das investigações porque isso compromete o trabalho.”
As investigações iniciais apontam que entre 80 e 100 pessoas estiveram envolvidas no ataque ao ônibus do Fortaleza, que teria sido premeditado.
O que aconteceu com o ônibus do Fortaleza
Assim que deixaram o estádio da Copa após o empate com o Sport pela Copa do Nordeste, membros da delegação, diretoria e staff do Fortaleza foram vítimas de bombas e pedras atiradas por torcedores do time pernambucano que estavam “vestidos de amarelo”, disse o CEO do Leão do Pici, Marcelo Paz.
Seis atletas tricolores ficaram feridos, precisando de encaminhamento para hospital no Recife. Entre os casos mais graves estavam o do goleiro João Ricardo, que precisou de seis pontos na cabeça, e do lateral-esquerdo Escobar, com trauma cranioencefálico.
Demais envolvidos no atentado da organizada do Sport, o zagueiro Titi, o lateral-direito Emanuel Brítez, o volante Lucas Sasha e o lateral-esquerdo Dudu sofreram ferimentos mais leves.
Uma obra na BR-232, nas imediações do Atacadão dos Presentes, no bairro do Curado, teria sido “objeto de uso” para o ataque violento contra a delegação do Fortaleza.