O Internacional venceu o Gre-Nal nos últimos lances. A emoção até os 52 minutos do segundo tempo foi demais até para o técnico Eduardo Coudet, que brincou com a situação depois de elogiar a atuação no clássico 441, vencido pelos colorados por 3 a 2.
O argentino também defendeu o lateral-esquerdo Renê, que anotou um gol contra no início da partida, o primeiro do Grêmio no jogo.
Coudet cita emoções na partida
Coudet elogiou a apresentação colorada, destacando as chances criadas durante a maior parte do jogo, e afirmou que a equipe teve dificuldades no retorno do intervalo. O treinador valorizou a superioridade no clássico, alcançando a segunda vitória consecutiva sob seu comando.
“Sempre é importante ganhar Gre-Nal, pudemos dar uma grande alegria ao torcedor. Gostaria que não tivesse sido tão emocionante (risos), mas a verdade é que sinto que sempre fomos a buscar o jogo. Fizemos um grande primeiro tempo que depois que tomamos o gol tivemos que nos desgastar”, apontou o treinador do Internacional.
Coudet ainda apontou que o intervalo acabou fazendo com que o clube perdesse um pouco da intensidade no segundo tempo:
“Sinto que isso, com a parada do intervalo, nos custou um pouco no segundo tempo. Algumas coisas também que corrigiu o rival, porque também tem um grande treinador. Não entramos tão bem, fizemos um jogo de transição, que não é o que nos convém e estamos acostumados a fazer.”
Porém, o treinador apontou que o Internacional tinha a obrigação de vencer o clássico. “É um Gre-Nal. Tinha que ganhar. Depois, a tranquilidade de voltar a ganhar o clássico em um estádio com ambiente espetacular. Também ganhamos do rival que a gente quer ganhar e com muitas coisas de bom futebol. E algumas a corrigir”, apontou.
Comparações com o Grêmio
O ambiente prévio ao Gre-Nal também foi alvo da análise de Coudet. O argentino falou sobre o favoritismo do Internacional no clássico, destacando o nível apresentado em relação ao rival e também no geral, na comparação com outras equipes do futebol brasileiro.
“Escutamos que parecia que o Gre-Nal já estava decidido, mas nunca entramos nisso, de achar que era assim. Nunca um Gre-Nal foi fácil. E o próximo também não vai ser. É muito difícil. Quem vem melhor não entra em campo. É uma história à parte”, destacou Coudet.
“Sinto que podemos dar mais, mas sinto também que sempre quisemos ser o protagonista, buscamos o jogo, tivemos a intenção e isso nos trouxe o prêmio. Apesar de acabar 3 a 2 com um pênalti, tivemos muitas situações de gol”, completou ele.
Situação de Renê
O treinador colorado também evitou criticar o lateral-esquerdo Renê, autor do gol contra no início do Gre-Nal da tarde de domingo. Coudet afirmou que prefere “ver virtudes” e não tentar encontrar culpados pelos problemas, assumindo a responsabilidade por eventuais erros dos jogadores:
“Tivemos um erro, o que vamos fazer? Matar o Renê? Se você me consegue um lateral que jogue por fora, que cruze bem, que tenha a saída de três, jogue às vezes como interno pela esquerda, sempre dê circulação, maioria de passes certos, eu tiro o Renê. Alguém consegue? Vai seguir jogando o Renê, porque faz o que eu peço. Não busquemos culpados. Sempre há erros. Eu gosto de buscar heróis, não culpados.”