Diego Souza, que está no primeiro ano de sua aposentadoria dos gramados, mantém-se atento ao futebol brasileiro. O ex-atacante do Botafogo foi convidado do programa Boleiragem na última segunda-feira (26), onde falou sobre o momento vivido pelo clube carioca.
O ex-jogador criticou a gestão do vestiário do Alvinegro pelo técnico Tiago Nunes no Campeonato Carioca, o que resultou na demissão do treinador na última semana.
Críticas à entrevista
O técnico Tiago Nunes expressou a sua preocupação com a reação emocional do Botafogo na derrota por 4 a 2 para o Vasco, pelo Campeonato Carioca. Ao final do jogo, o treinador afirmou que alguns jogadores teriam manifestado o desejo de ficar fora da equipe devido ao desgaste emocional intenso.
Logo depois, em outra pergunta, ele esclareceu que não houve um pedido direto, mas que percebeu sinais dados pelos atletas por meio de “códigos do meio do futebol”.
“O cara para dar uma entrevista dessa, acho que ele está arrumando uma desculpa. ‘Meu time não está dando certo, também jogador…’. A gente que jogou bola entende como desculpa. ‘Tô botando jogador que não quer jogar, isso e aquilo…'”, destacou Diego Souza.
“Pegar um treinador que não tem, que não é unanimidade, um cara que saiu de algumas equipes com problema. O Tiago. Aqui no futebol brasileiro, se o time está passando por uma situação difícil, a única coisa que você não tem que ter é tática”, criticou o ex-atacante.
Diego Souza indica técnico ao Botafogo
Para o ex-jogador, o Botafogo precisa de um treinador que tenha uma figura paterna na hora de comandar o clube. “Tática todo mundo sabe um pouco de futebol, você joga a vida inteira. O que você precisa para o Botafogo: pai. Um cara que não está preocupado em segurar emprego. Você traz os caras para você, traz confiança para eles”, afirmou.
Os comentaristas e ex-jogadores Grafite e Richarlyson compartilharam opiniões semelhantes. “Quantas vezes a gente já vivenciou o episódio de acabar o jogo, num momento ruim, e no vestiário o treinador descascar todo mundo”, disse Grafite.
“Mas na coletiva ele dizer que o time está trabalhando. Lava roupa lá dentro. O vestiário é sagrado”, destacou o ex-jogador, com passagem pelo Botafogo.
“Até a questão de explanar a situação já começa a ficar pesado o ambiente. Opa, se o Grafa pedir para não jogar, eu vou perguntar para ele o que está incomodando. Vou tentar trazer ele para mim, de novo. Mas a partir do momento que ele explana a situação do vestiário, piora ainda mais”, completou Richarlyson.